I Domingo do Tempo Comum Ano – C–Batismo do Senhor

Diz-nos o Evangelho de S. Lucas que “Jesus também foi baptizado” por João Batista. Porque é que Jesus quis ser baptizado por João? Jesus necessitava de um batismo que estava ligado à penitência, ao perdão dos pecados e à mudança de vida?
Ao receber este batismo de penitência e de pecadão dos pecados, (de que Jesus não precisava, porque n'Ele não havia pecado): Jesus solidarizou-se com o homem limitado e pecador, assumir a sua condição humana, colocou-se ao lado dos homens, para os ajudar a sair da situação de pecado e para percorrer com os homens o caminho da libertação, o caminho da vida da graça. Por isso, o batismo de Jesus, mostra-nos que Jesus é o Filho de Deus que o Pai envia ao mundo a fim de cumprir um projecto de libertação em favor dos homens. Como verdadeiro Filho, Ele obedece ao Pai e cumpre o plano salvador do Pai e cumpre o plano salvador do Pai, e realiza a comunhão entre Deus e os homens que o pecado havia interrompido e conduz os homens ao encontro da vida da graça de Deus. Pergunto Eu, filho deste Deus, aceito ir ao encontro dos meus irmão mais desfavorecidos e mais afastados da fé e estender-lhes a mão? Partilho a sorte dos pobres, dos sofredores, sofro na alma as suas dores, aceito identificar-me com eles e participar dos seus sofrimentos, a fim de melhor os ajudar a prepararem-se para o batismo?
Não tenho medo de me sujar ao lado dos pecadores e dos afastados da Igreja se isso contribuir para os libertar e para lhes dar mais dignidade e mais esperança?
Caros Amigos e Irmãos
No Batismo, Jesus tomou consciência da usa missão (missão que o Pai lhe confiou). Jesus recebeu o Espírito e partiu em viagem pelos caminhos poeirentos da Palestina, a testemunhar o projecto libertador do Pai.
Eu, que no batismo aderi a Jesus e recebi o Espírito que me preparou para uma missão a desempenhar na Igreja tenho sido um colaborador comprometido no programa em que Jesus se empenhou e pelo qual Ele deu a vida?
Pelo batismo, fiquei a fazer parte da Igreja, Povo de Deus, onde encontro os meios de salvação que Jesus nos deixou e onde é importante e imprescindível a participação e a colaboração de todos os cristãos. E á nossa responsabilidade dentro da comunidade eclesial passa também pelo apoio a dar através da “oferta Paroquial”.
Por isso, Caros Amigos e Irmãos no início de mais um ano, começo por agradecer a generosidade de todos aqueles que, em 2009, quiseram dar a sua oferta para a paróquia de santa Clara, cujo resultado, por zonas, vem publicado no “Bordão” desta semana. Em 2010, voltamos a apelar a todos os cristãos para que, de boa vontade, ajudem os serviços da nossa comunidade paroquial! A oferta de todos é imprescindível para que possamos continuar e, se possível desenvolver mais a nossa acção pastoral, juntos dos grupos e das pessoas.
De todos os donativos, passaremos recibo que servem para dedução no IRS. Aos membros do Conselho Económico e Social e seus colaboradores, que novamente tomam sob a sua responsabilidade a recolha destas ofertas, testemunho a minha gratidão pela disponibilidade e pelo esforço. A todos os que, generosamente, já contribuíram e venham a contribuir com a sua oferta, Deus os compensará e como pároco, agradeço, reconhecidamente, a colaboração de todos os paroquianos. Assim sentimo-nos mais Igreja e mais responsáveis pela vida da Igreja

Bordão 10 Janeiro



















FESTA DO BAPTISMO DO SENHOR
Is 42, 1-4.6-7; Sl 28; Act 10, 34-38; Lc 3, 15-16.21-22
Pedro tomou a palavra e disse: «Na verdade, eu reconheço que Deus não faz acepção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável. Ele enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo, que é o Senhor de todos. Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo demónio, porque Deus estava com Ele». (Actos dos Apóstolos)
O povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias. João tomou a palavra e disse-lhes: «Eu baptizo-vos com água, mas vai chegar quem é mais forte do que eu, do qual não sou digno de desatar as correias das sandálias. Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo». Quando todo o povo recebeu o baptismo, Jesus também foi baptizado; e, enquanto orava, o Céu abriu-se e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corporal, como uma pomba. E do Céu fez-se ouvir uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado: em Ti pus toda a minha complacência». (Lucas)

Pontos de ruptura e de união
Celebramos hoje a festa do Baptismo de Jesus. No Evangelho, tirado de S. Lucas, podemos distinguir três partes:
1. a grande expectativa messiânica dos tempos de Jesus que, como já aqui referimos noutras alturas, tinha todas as probabilidades de recair (e recaía para muito gente) sobre João Baptista. João recusa o papel de Messias, mas participa e alimenta activamente (d)o messianismo do seu tempo, considerando que o Messias seria alguém a quem ele próprio não seria digno de desatar as sandálias!
2. o Baptismo de Jesus, que Lucas reduz, em si mesmo, a uma grande insignificância: “quando todo o povo recebeu o baptismo, Jesus também foi baptizado”. Neste contexto, Jesus foi apenas mais um de “todo o povo”, quase como participante ingénuo no movimento baptista que então também estaria no seu auge e de que João era uma figura proeminente. A verdade é que Lucas, por motivos teológicos, não quer dar uma importância excessiva ao baptismo de Jesus, dado que para ele Jesus já era inequivocamente o Filho de Deus desde o Seu nascimento. De qualquer modo, Lucas coloca o baptismo de Jesus no “final” do baptismo de “todo” o povo, o que faz com que este momento seja assumido pelo evangelista como o ponto histórico mais objectivo do fim do antigo Testamento e de início do novo Testamento, um momento simultaneamente de ruptura e de união desses dois grandes tempos da História da relação entre Deus e a humanidade.
3. uma teofania, isto é, a afirmação de que esse baptismo afinal significava ou significou muito mais do que o acto em si, através do recurso a um estilo literário que consiste em pôr o próprio Deus a revelar o significado das coisas. Mas aquilo que o próprio Deus revela (“Tu és o meu Filho muito amado”) é apenas uma citação de um salmo (2,7) e, de algum modo, também de Isaías (1ª Leitura). Nesse sentido, trata-se mais de uma afirmação sobre a missão de Jesus (ser Messias) do que sobre a identidade (Filho). Para Lucas, como dissemos, Jesus era inequivocamente o Filho de Deus desde o seu nascimento e o baptismo nada acrescenta a essa identidade; o baptismo esclarece, sim, a missão: Deus enviou o Seu Filho ao mundo para por Ele cumprir as suas promessas de libertação messiânica...
Por tratar também de um ponto de ruptura e de união, que de algum modo concretiza factualmente o que o baptismo de Jesus apenas simbolizara, a segunda Leitura merece uma referência especial. Situa-se num momento crucial do livro dos Actos dos Apóstolos, o momento em que Pedro (a Igreja) pela primeira vez reconhece que a salvação trazida por Jesus Cristo é para todas as pessoas e não só para os judeus; a Igreja reconhece que “Deus não faz acepção de pessoas” e que “em qualquer nação, quem O teme e pratica a justiça é aceite por Ele”. É uma novidade tão grande (acompanhada do gesto de Pedro entrar em casa de um pagão, Cornélio), que os outros apóstolos vão disso pedir contas a Pedro... Quem depois vai dar corpo a esta expansão da Igreja para fora do judaísmo vão ser Paulo, Barnabé, Marcos, Silas, Lucas, etc., mas o próprio Lucas faz questão de dizer que é Pedro, aquele que preside à Igreja no seu todo, quem abre essa porta, e a abre conscientemente à luz do Mistério de Deus desvelado em Jesus de Nazaré: Deus é um Deus para toda a humanidade!


Caros Paroquianos

Ao iniciarmos mais um ano, começo por agradecer a generosidade de todos aqueles que, em 2009, quiseram dar a sua oferta para a paróquia de Santa Clara, cujo resultado, por zonas, é o seguinte:

Santa Isabel ......................4662,70 
Lages ................................2752,00 
Cruz dos Morouços ...........1897,50 
S. Francisco...................... 2170,60 
Bordalo ..............................2354,25 
Vale Gemil ...........................819,40 

Conforme foi anunciado, os donativos para a oferta paroquial e da visita Pascal, em 2009, das zonas do Bordalo e da Cruz dos Morouços, destinam-se às obras das respectivas Capelas.
Em 2010, voltamos a apelar a todos os cristãos para que, de boa vontade, ajudem os serviços da nossa comunidade paroquial que vão desde a conservação e restauro das capelas, aos cursos e formação de jovens, adultos e catequistas, ao apoio aos sacerdotes que aqui trabalham, até aos gastos com o culto, com a secretaria e com as comunicações e o auxílio aos necessitados.
A oferta de todos é imprescindível para que possamos continuar e, se possível, desenvolver mais a nossa acção pastoral, junto dos grupos e das pessoas. 
De todos os donativos passaremos recibo que servem para dedução no IRS.
Aos membros do Conselho Económico e Social e seus colaboradores, que novamente tomam sob a sua responsabilidade a recolha destas ofertas, testemunho a minha gratidão pela sua disponibilidade e pelo seu esforço.
A todos os que, generosamente, já contribuíram e venham a contribuir com a sua oferta, Deus os compensará na larga medida do Evangelho que é cem por um.
Como pároco, agradeço, reconhecidamente, a colaboração de todos os paroquianos e faço votos por que o ano de 2010 traga a todas as famílias da nossa paróquia as maiores bênçãos de Deus.
Unidos na Paz e no Amor
O Pároco


Missas da Semana

Dia 12 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 13 – 4ª Feira
21h00 – Capela da cruz dos Morouços.

Dia 14 – 5ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 15 – 6ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento. 

Dia 16 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.


Missas de Domingo

Dia 17 de Janeiro
09h00 – Capela da Cruz dos Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel



Aviso: 
Lembro que o próximo domingo – 17.01 é o 3º domingo do mês e o ofertório é para a Acção Caritativa da Paróquia.


Solenidade da Epifania do Senhor – Ano C

Epifania quer dizer manifestação - aparição de Jesus a todos: (Judeus e pagãos)
O Evangelho de S. Mateus, perante o nascimento do Menino - Deus, apresenta-nos diversas atitudes e reacções das pessoas: vejamos as atitudes dos Judeus: o povo Judeu há séculos que esperava a vinda do Messias. Jesus nasce deste povo Judeu, desta raça judaica desta família de David. Só os pastores, deixaram tudo, ao chamamento do Anjo, apressadamente, dirigiram-se para a gruta de Belém. Os sacerdotes e os escribas, servidores do Templo e do povo e que, por dever de ofício preparavam a vinda do Messias, nenhum deles se preocuparam em ir ao Seu encontro. E nós? Não andaremos muitas vezes envolvidos nos livros religiosos e perto das coisas do Templo, mas o nosso coração poderá estar muito longe de Deus e do próximo. Podemos andar entretidos ou distraídos com coisas de Deus e Deus passar-nos ao lado e não darmos por Ele ou não O procurámos…Quanto a Herodes que, como diz o Evangelho, ficou perturbado com a notícia do nascimento de Jesus, pois poderia vir a ocupar o seu lugar, mandou matá-lo, assim como outras crianças foram vítimas do seu actos desumano e louco.
Caros Amigos e Irmãos
Perante o nascimento do Menino – Deus, vejamos agora a atitude dos pagãos, portanto, do que não eram Judeus. O Evangelho fala-nos de uns Magos que vindos do Oriente, vinham para adorar o Deus -Menino.
Os Magos representam os homens de todo o mundo que se deixam guiar pela mensagem de paz e de amor de Cristo.
Eles são a imagem da Igreja, composta por gente de todas as raças, tribos, línguas e nações.
Diz-nos o Evangelho que eles viram uma estrela e seguiram-na…vemos que estavam atentos aos sinais de Deus, viram a estrela e deixaram tudo e seguiram-na.
Sem medo e, arriscando tudo, não desistiram ate encontrar o Deus - Menino…
E nós? Como os Magos estamos atentos aos sinais que Deus nos manda? Disponibilizam-nos para seguir esses sinais? Estamos prontos para cortar as amarras que nos prendem: ao nosso egoísmo, à nossa inveja, ao nosso comodismo ao nosso calculismo.
Caros Amigos e Irmãos
No início de mais um ano, peçamos a Deus que nos dê força para um libertar das cadeiras que nos impedem de chegarmos a Cristo. Termina o Evangelho dizendo que os Magos entraram na gruta e viram o Menino com Maria, Sua Mãe, e, portando-se diante d'Ele, adoraram-n'O e ofereceram-lhe: ouro – porque era rei, incenso – porque era Deus, mirra - porque era homem.
Ofereçamos, nós, também ao Senhor: o ouro do nosso trabalho, o incenso das nossas orações, a mirra das nossas boas obras.
Caros Amigos e irmãos
Hoje, como no tempo de Jesus, diante da estrela, os homens tomam atitudes diferentes: Há quem, como os Magos, se ajoelhe, ou seja, reconheça em Deus a luz do mundo e se lhe submeta, há quem fique indiferente; há quem procure apagar essa luz, que é Deus no mundo.
Todos viram a mesma realidade um Menino acabado de nascer. Mas as escolhas foram e são diversas. No início de 2010 façamos o propósito de pedir ao Senhor por essa multidão imensa: que não tem fé, que não adoram a Deus, que não vivem com Ele, nem vivem com Ele.
Caros Amigos e Irmãos
Que a nossa vida, o nosso modo de agir, a nossa maneira de actuar, a nossa maneira de amar e servir, dê a conhecer a Deus - Menino e que os outros descubram: Deus em nós e Deus nas nossas vidas… É assim que acontece connosco ou não? Deixemos transparecer Deus através das nossas palavras das nossas atitudes das nossas obras. Procuremos ser pessoas de Deus…