XI Domingo do Tempo Comum – Ano B

O Evangelho da missa de hoje fala-nos de que o “Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à Terra. A semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro. Vemos que o papel do agricultor é lançar a semente à terra, procurar regá-la, tirar as ervas daninhas e deixar a semente desenvolver.
Nesta parábola: A semente é a palavra de Deus que penetra na inteligência e no coração do homem. Sabemos que o projecto de salvação que Deus tem para a humanidade consiste: no anúncio do Reino, feito por Jesus de Nazaré. Nas Suas palavras e nos Seus gestos, Jesus propôs um caminho novo, uma nova realidade, lançou a semente da transformação dos corações, da inteligência e das vontades, de forma que a vida dos homens se construa de acordo com a vontade de Deus. Essa semente não foi lançada em vão: está dentro de nós e cresce por acção de Deus. Resta-nos acolher essa semente e deixar que Deus realize a sua acção. Resta-nos também, como discípulos de Jesus, continuar a lançar essa semente do reino, a fim de que ela encontre lugar no coração de cada homem e de cada mulher. O crescimento da semente é um acto misterioso. O Reino de Deus cresce não por virtude ou mérito dos apóstolos, mas com a força da graça de Deus. Diz S. Paulo aos Coríntios:
“ Eu plantei; Apolo regou, mas foi Deus quem deu o crescimento.
Assim, nem o que planta, nem o que rega é alguma coisa, mas só Deus faz crescer.”
Os que continuamos na missão de Jesus, a anunciando a Palavra (isto é, lançando a semente) não devemos preocupar-nos com a forma como ele cresce e se desenvolve. Devemos, apenas, confiar na eficácia da Palavra anunciada, conformarmo-nos com o tempo e o ritmo de Deus, confiarmos na acção de Deus e no dinamismo da Palavra semeada.
Temos de respeitar o crescimento espiritual de cada pessoa, o seu tempo de reflexão, e a procura dos caminhos da vida da graça. Não podemos exigir que os outros caminhem ao nosso ritmo, que pensem como nós, que passem pelas mesmas experiências que nós. Há que respeitar a consciência e o ritmo de caminhada de cada homem ou mulher - Como Deus sempre faz.
Caros Amigos e Irmãos
Fala-nos ainda o Evangelho que o Reino de Deus é semelhante à menor de todas as sementes, mas depois de crescer torna-se na maior de todas as árvores. A referência à pequenez da semente convida-nos a rever os nossos critérios de actuação e a nossa forma de olhar o mundo e os nossos irmãos. Por vezes, é naquilo que é pequeno, e aparentemente insignificante, que Deus se revela. Deus está nos pequenos, nos humildes, nos pobres e é deles que Deus se serve para transformar o mundo. Atitudes de arrogância, de ambição, de poder a qualquer custo, não são sinais de Reino.
Sempre que nos deixamos levar por tentações de grandeza, de orgulho, de mando, de vaidade, estamos a afastar-nos do projecto de Deus, e a impedir que o reino de Deus se torne realidade no mundo e nas nossas vidas.

Bordão 14 Junho



















XI DOMINGO COMUM
Ez 17, 22-24; Sl 91; 2 Cor 5, 6-l0; Mc 4, 26-34

[Disse Jesus à multidão:] «O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos. (Marcos)


Parábolas e Palavra
O texto do Evangelho que nos é proposto, a retomar o Tempo Comum, encerra um grande “discurso de Jesus”, todo feito em parábolas e que é praticamente o único discurso que S. Marcos situa na Galileia. Naturalmente, Marcos agrega aqui um conjunto de parábolas que Jesus terá enunciado em vários locais e circunstâncias diversas, mas dá-lhes uma circunstância e um tema comum e organiza-as num crescendo teológico.
O tema é o Reino de Deus, e no texto que lemos aparecem as duas últimas parábolas sobre ele. Se tivermos em conta a referida organização teológica, então teremos aqui as duas parábolas sobre o Reino de Deus que Marcos, do ponto de vista teológico, considera mais importantes. Além destas duas parábolas aparece ainda uma “conclusão” para todo o discurso.
Na parábola do homem que lançou a semente à terra, percebemos que para Jesus o Reino é sobretudo, na essência, uma construção de Deus, que segue o ritmo de Deus e não da azáfama humana: a semente germina e cresce mesmo quando tu dormes; cresce, e tu não consegues explicar como. Jesus situa o Reino na dependência do próprio Rei (Deus) e não do homem: o Reino não é uma construção dos homens, mas é acolhimento progressivo e cada vez mais amadurecido da acção de Deus na História.
Pareceria que esta seria a parábola mais profunda de todas, a que vai mais à radicalidade do Reino, porque o faz alimentar-se do próprio Deus. Mas, para espanto nosso, Marcos em vez de encerrar o discurso com esta parábola, conta outra a seguir que, aparentemente, diz apenas que o Reino é uma realidade em crescimento. Para percebermos porque é que para Marcos esta parábola ainda é mais profunda do que a parábola anterior, temos que pensar na circunstância comum...
A circunstância é, como dissemos, a Galileia. É na Galileia que Marcos situa o grande discurso do Reino. Ora a Galileia é a região onde, de algum modo, Jesus vive uma relação muito próxima com “as multidões”, onde é escutado, onde faz discípulos. Na Galileia, como que se vê a pequena semente ali semeada por Jesus a crescer, a tornar-se árvore grande, a estender os seus ramos por toda a terra, acolhendo à sombra dos seus ramos toda a espécie de aves do céu. Colocando esta parábola no encerramento do conjunto das parábolas sobre o Reino, Marcos apresenta-nos a universalidade geográfica e eterna do Reino de Deus, cuja primeira semente foi a mais pequenina que se possa imaginar, perdida naqueles lugares à beira do Lago de Cafarnaum, mas que daí cresceu, sempre, continuamente, tornando-se em cada dia a maior e mais acolhedora árvore da terra. A lição final é que nenhuma barreira regional, nacional ou cultural trava o Reino de Deus. O Reino é construção do próprio Deus e Deus não se deixa manietar por fronteiras, culturas ou religiões.
Apesar disso, na “Conclusão” de todo o discurso Marcos levanta o véu de uma certa desconfiança em relação às multidões. No entender de Marcos, os ramos da árvore do Reino crescem mais pelos discípulos que estudam a Palavra com atenção do que pelas multidões presas ao colorido das histórias... Nos tempos de Jesus, nos tempos em que Marcos escreve..., e agora.


Santuário do Senhor da Serra recebe as relíquias de Santa Margarida Maria de Alacoque

Santa Margarida Maria Alacoque é a santa francesa que está relacionada com as origens e a história da moderna devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Ela foi o instrumento humilde de que Deus se serviu para incentivar no século XVII e seguintes a união ao seu amor de Pai, revelado pelo Filho Jesus Cristo, simbolizado no seu coração rasgado, por nós, na Cruz. Em todas as igrejas existe uma imagem de grande devoção popular de Cristo mostrando o seu coração inflamado de amor pelos homens convidando-os a virem a Ele. Foi em Paray le Monial, que esta freira visitandina recebeu as aparições de Jesus e a partir dali se tornou a mensageira para o mundo desta devoção. São Cláudio de la Colombière, padre jesuíta, foi o seu director espiritual, que a ajudou a penetrar no sentido profundo das suas experiências. Morreu no dia 17 de Outubro de 1690, foi canonizada em 1920 pelo Papa Bento XV.
As relíquias vieram a Portugal por ocasião do cinquentenário do monumento ao Cristo Rei, em Lisboa, que é um monumento ao Sagrado Coração de Jesus, e algumas paróquias e santuários manifestaram o interesse de as receberem também.
O Santuário do Senhor da Serra, em Semide, será o primeiro a recebê-las no dia 16 de Junho, às 16.00h e haverá um programa ininterrupto, durante as 20 horas, que as relíquias ali estarão.
Pelas 21.00h, haverá um serão de misericórdia, onde será celebrado o sacramento da penitência e depois, rezar-se-á pelos doentes, através de grupos de intercessão, celebrando-se o sacramento da unção dos doentes. Haverá uma celebração de bênção pelas famílias e a consagração das famílias ao sagrado Coração de Jesus. Vários grupos se preparam para irem em peregrinação ao Divino Senhor da Serra neste dia. Depois do Senhor da Serra as relíquias passarão ainda por Cantanhede, (dia 17 a partir das 11h) e depois pelo Seminário do Coração de Jesus ( Dehonianos) ( dia 18 de Junho).


Diocese de Coimbra prepara Ano Sacerdotal

Um “Ano Sacerdotal” foi anunciado pelo Papa Bento XVI, por ocasião da celebração dos 150 anos da morte de S. João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars. Este Ano vai ser celebrado em todo o mundo, de 19 de Junho 2009 a 19 de Junho de 2010, e terá como tema: “Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote”.
Está previsto que o Papa o abra com uma celebração de Vésperas, em 19 de unho, solenidade do Sagrado Coração de Jesus e Dia de Santificação Sacerdotal, «em presença da relíquia do Cura de Ars trazida pelo bispo de Belley-Ars», Dom Guy Claude Bagnard, segundo informa a Santa Sé.
O encerramento será celebrado justamente um ano depois, com um «Encontro Mundial Sacerdotal» na Praça de São Pedro.
Em Coimbra, está a ser elaborado um guião para diferentes momentos de oração, em particular para a celebração de uma hora de adoração todas as primeiras quintas-feiras do mês em cada paróquia.
Foi também sugerida pelo Conselho Presbiteral a criação duma comissão diocesana para organizar e coordenar as iniciativas que se forem achando oportunas para que este ano jubilar possa ser fonte de alegria para os padres e uma ajuda para a maior compreensão do sacerdócio ministerial, sem esquecer a missão sacerdotal de todo o povo de Deus.


Um novo presbítero e um novo diácono para a Igreja de Coimbra

A Diocese de Coimbra termina o Ano Paulino e começa o Ano Sacerdotal da melhor forma – com a ordenação de um novo presbítero e um novo diácono.
No dia 28 de Junho, pelas 16 horas, na Sé Nova, será ordenado presbítero João Paulo Fernandes, natural de Almagreira, que fez o curso de Teologia no ISET de Coimbra, preparando-se para apresentar a sua tese de mestrado sobre a relação íntima entre a Igreja e a Eucaristia.
Neste ano pastoral está à colaborar com o pároco de Semide e Rio Vide.
Na mesma data será ordenado diácono Orlando Henriques, natural de Arganil, e que este ano termina o curso de Teologia no ISET, e apresentará, no próximo ano, a sua tese de mestrado na Faculdade de Teologia da UC.


Missas da Semana

Dia 16 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 17 – 4ª Feira
21h00 – Capela das Lages.

Dia 18 – 5ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 19 – 6ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 20 – Sábado
17h00 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.

Missas de Domingo

Dia 21 de Junho
09h00 – Capela da Cruz de Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel
16h00 – Eucaristia, na Capela do Bordalo, para encontro de famílias que nos dois últimos anos se casaram ou baptizaram os filhos nesta paróquia.


Aviso:O ofertório das missas do próximo domingo dia 21, é para a Acção Caritativa da paróquia.