IV Domingo de Páscoa – Ano B

O Evangelho deste domingo diz-nos que, para o cristão, o “Pastor” por excelência é Cristo. É Cristo em quem devemos confiar é à volta de Cristo que nos devemos juntar; são as suas indicações e propostas que devemos seguir. Por isso, pergunto:

O nosso “Pastor” é de facto, Cristo, ou temos outros “pastores” que nos arrastam; e à volta dos quais construímos a nossa vida? O que é que nos conduz e orienta as nossas opções: Jesus Cristo? Ou o comodismo e o prazer? Ou o medo de que os outros falem? Ou os desrespeitos humanos?

Caros Amigos e Irmãos

Reparemos na forma como Cristo desempenha a sua missão de “Pastor”: Ele não actua por interesse mas por amor; Ele não foge quando as ovelhas estão em perigo. Mas defende-as, preocupa-se com elas e até é capaz de dar a vida por elas. Ele mantém com cada uma das ovelhas uma relação: única, especial, pessoal, conhece os seus sofrimentos, dramas, sonhos e esperanças. As qualidades e virtudes de Cristo, o Bom Pastor, devem fazer-nos perceber que podemos confiar incondicionalmente, n´Ele e entregar, sem receio, a nossa vida nas suas mãos.

No “rebanho” de Jesus, não se entra por convite especial, nem há um número restrito de vagas a partir do qual mais ninguém pode entrar…

A proposta de salvação que Jesus faz destina-se a todos os homens e mulheres, sem excepção. O que é decisivo para entrar a fazer parte do rebanho de Deus é :“escutar a voz” de Cristo, aceitar as suas indicações e tornar-se seu discípulo…

Isto significa, concretamente, seguir Jesus; aderir ao projecto de salvação que Ele veio trazer e percorrer o mesmo caminho que Ele percorreu entregando-se a realizar a vontade do Pai e a salvação dos homens.

Caros Amigos e Irmãos

Estamos hoje a Terminar a Semana das Vocações. Precisamos de rezar muito para pedir mais pastores e pedir muitas vocações. Precisamos de ter esta preocupação rezando cada dia da vida em cada missa e em cada terço.

Precisamos de olhar para Jesus e entregar-lhe a misericórdia de nos conceder mais pastores dedicados, generosos, humildes e serviçais. O Senhor continua a chamar muitos jovens. Supliquemos a Deus a graça de saberem ouvir a voz do Bom Pastor e o desejo de saberem imitar o Divino Mestre, que passou fazendo o bem. Querendo responder à urgência missionária, sentida em toda a Igreja e na ocorrência dos 150 anos da morte do Santo Cura d´Ars, “Padroeiro de todos os sacerdotes do mundo,” o Papa Bento XVI anunciou a convocação do Ano Sacerdotal a partir do dia 19 de Junho de 2009 até 2010.

Acompanha-nos nesta missão confiante a intercessão de Nossa Senhora, a Virgem de Nazaré, que pelo seu “sim”, diariamente renovado, se tornou a mãe de Deus e nossa mãe e se faz nosso exemplo, ensinando-nos a cultivar no coração humano o acolhimento sereno e generoso ao projecto de Deus. 

Caros Amigos e Irmãos

O dia de hoje é dedicado às mães. Elevemos o nosso pensamento para a nossa Mãe do céu, modelo de todas as mães, para que vele e acompanhe todos e cada um de nós.

Tenhamos também presente as nossas mães da terra para que o Senhor lhes dê força e coragem para cumprirem a sua grande missão de mães, na Igreja, na família e na comunidade. Que todas as mães espalhem à sua volta o amor, a paz e a alegria. Às mães que já partiram, tenhamo-las presentes nas nossas orações e peçamos-lhes que, junto de Deus, nos acompanhem e velem por nós. Com Maria, Mãe da Igreja e com os nossos irmãos! Caminhemos ao Encontro de Cristo!

Bordão 3 de Maio


















IV DOMINGO DA PÁSCOA

Act 4, 8-12; Sl 117; 1 Jo 3, 1-2; Jo 10, 11-18


Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar-se pedra angular. E em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos. (Actos dos Apóstolos)


Vós sois o meu Deus: eu vos darei graças.

Vós sois o meu Deus: eu Vos exaltarei. (Salmo)


Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamarmos filhos de Deus. E somo-lo de facto. (1ª Carta de João)


[Jesus disse-lhes novamente:] «Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário não se preocupa com as ovelhas. Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas  e as minhas ovelhas conhecem-Me, do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai; Eu dou a vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só Pastor. Por isso o Pai Me ama: porque dou a minha vida, para poder retomá-la. Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente. Tenho o poder de a dar e de a retomar: foi este o mandamento que recebi de meu Pai». (João)


Verdadeiro Deus!

Estamos no 4º Domingo da Páscoa, tradicionalmente conhecido por “Domingo do Bom Pastor”, Domingo também dedicado às vocações consagradas. O Evangelho é de S. João. Aliás, só S. João usa este título do “Bom Pastor”. Mais, S. João usa este título num confronto com os fariseus a propósito da cura do cego de nascença. A discussão nem é propriamente com Jesus, mas dos fariseus, uns com os outros, sobre Jesus: ele é simplesmente um louco, ou será um possesso do próprio demónio, ou será um enviado de Deus? (cfr. Jo 10,20-21) Jesus responde a esta discussão dizendo que é o “bom pastor”. 

À volta do título de “Bom Pastor” podem girar vários equívocos. É comum, por exemplo, dizer que esta imagem do “bom pastor” foi um recurso oratório, isto é, Jesus teria usado uma cena do conhecimento comum das pessoas para lhes falar de Si mesmo. Mas o contexto (a referida discussão com os fariseus a propósito da cura do cego) não nos permite dizer isso; é comum também considerar este título “Bom Pastor” uma espécie de imagem edílica: Jesus recorreria a esta imagem para dizer às pessoas que quem vivesse com Ele viveria numa espécie de Éden, pois Ele daria satisfação a todas as suas necessidades, como é suposto um pastor bom profissional fazer com as ovelhas do seu rebanho. Algo do tipo, o pastor preocupa-se por mim, não vale a pena eu preocupar-me, até porque ele tem muito mais meios, poder e saber do que eu. A literatura e a arte apresentam muitas imagens destas, mas mais uma vez o contexto não permite concluir isso. Um outro equívoco é considerar este título como uma espécie de pré-figura do bispo ou do padre, como “pastores” da Igreja... Mas, a falar verdade, se alguém se arroga este título de “pastor” então deve começar por configurar-se ele próprio a Jesus e não é Jesus que deve ser visto à sua imagem como uma pré-figura! Certamente poderíamos ainda referir outros equívocos...


E, todavia, podemos começar a resolver todos estes equívocos se dissermos, logo à partida, que para o povo bíblico, para o Antigo Testamento e para os contemporâneos de Jesus, o “Bom Pastor” era Deus! Então o que Jesus faz dizendo que Ele próprio é o Bom Pastor é assumir o papel do próprio Deus!, é afirmar-se como Deus! Esta reivindicação é de tal modo violenta para a concepção judaica, que S. João termina todas as referências ao “Bom Pastor” com os judeus a pegarem em pedras para apedrejarem Jesus, por “blasfémia”, segundo as suas próprias palavras, “porque sendo ele um homem, a si mesmo se fazia Deus”. 


É, portanto, uma afirmação messiânica e, de certo modo, mais do que messiânica, pois o Messias que os judeus esperavam seria um enviado de Deus, mas nunca o próprio Deus em pessoa! É uma afirmação de divindade: Jesus de Nazaré é verdadeiro Deus! A liturgia, depois de nos dois Domingos anteriores nos ter afirmado insistentemente que o Ressuscitado era verdadeiro homem, afirma agora com igual força que o Ressuscitado é verdadeiro Deus.




Maio: mês de Maria


Estamos no mês de Maio, mês de Maria. A proposta para esta semana, à medida que se aproxima o 13 de Maio, é rezarmos todos os dias uma dezena ou um terço. Mas em cada dia pedimos uma graça especial à luz de Maria. Em cada dia podemos substituir a palavra Graça na Ave-Maria pela palavra do dia.

Ave-Maria, cheia de … o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte, Amén.


2ª-feira – Ave-Maria cheia de Liberdade 

“Não sei como é possível isso que dizes, pois não conheço homem. Mas se isto é do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra”. Isso é a liberdade: estar livre para que se faça a vontade do Senhor e não a minha. Como está a minha Liberdade?


3ª-feira – Ave-Maria cheia de Esperança 

Maria não tem certezas de nada, mas tudo confia no Senhor. Como está a minha Esperança? Em quem coloco a minha Esperança?


4ª-feira – Ave-Maria cheia de Alegria 

“A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”. A Alegria é um sinal da presença de Deus. Com está a minha Alegria?


5ª-feira – Ave-Maria cheia de Fé 

Maria tem fé em Jesus seu filho. Não aponta para ela mesma mas para o Senhor Jesus, tudo confiando nele. Como está a minha Fé?


6ª-feira – Ave-Maria cheia de Amor 

Maria escolheu seguir a vontade do Senhor. Por isso teve uma vida de dádiva e dedicação àquilo que o Senhor lhe pediu. Como está o meu Amor?


Sábado – Ave-Maria cheia de Oração 

Durante a vida de Jesus, Maria acompanhava-O e meditava nos seus ensinamentos. “Quanto a Maria, conservava todas estas coisas ponderando-as no seu coração”.Como tem estado a minha vida de oração?


Domingo – Ave-Maria cheia de Graça 

Maria, a cheia de graça, escolheu seguir o Senhor e fazer aquilo Ele lhe pediu. Por isso, Deus deu-lhe a Sua Graça. Quais as graças que sinto que o Senhor me tem dado?




Festa das Famílias


Sob o tema “Vida com Valores – Formação da Família” e integrada na Semana da Vida, que decorre de 10 a 17 de Maio, terá lugar no próximo dia 10 de Maio, no Cabeço de Nosso Senhor do Mundo, em Mortágua (se chover será no Pavilhão Desportivo do município), a XV Festa das Família da Diocese de Coimbra.

A iniciativa está a ser preparada pela Unidade Pastoral de Mortágua em colaboração com o Secretariado Diocesano na Pastoral Familiar da Diocese de Coimbra e terá início com o acolhimento às 10 horas.

Às 11 horas terá lugar a Eucaristia presidida pelo Bispo D. Albino Cleto, com transmissão em directo para todo o país, pela Rádio Renascença. Depois do almoço, segue-se a Festa para a Família, onde teremos uma tarde muito animada, recheada com momentos de convívio e de partilha. O encerramento está marcado para as 17,30 horas.

Faz-se o apelo a todas as famílias da nossa paróquia para que estejam presentes neste momento tão importante para a Diocese de Coimbra.

O convite está feito! Apareçam porque promete ser uma festa e um convívio inesquecível….



Agenda

Missas da Semana

Dia 05 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 06 – 4ª Feira
21h00 – Capela do Bordalo.

Dia 07 – 5ª Feira (1ª quinta-feira)
17h30 – Confissões
18h00 – Eucaristia, seguida da Exposição Solene do Santíssimo Sacramento e Canto de Vésperas.

Dia 08 – 6ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 09 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.


Missas de Domingo

Dia 10 de Maio
09h00 – Capela da Cruz de Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel
15h00 – Missa da Primeira Comunhão