IV DOMINGO DA PÁSCOA
Act 4, 8-12; Sl 117; 1 Jo 3, 1-2; Jo 10, 11-18
Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar-se pedra angular. E em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos. (Actos dos Apóstolos)
Vós sois o meu Deus: eu vos darei graças.
Vós sois o meu Deus: eu Vos exaltarei. (Salmo)
Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamarmos filhos de Deus. E somo-lo de facto. (1ª Carta de João)
[Jesus disse-lhes novamente:] «Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário não se preocupa com as ovelhas. Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-Me, do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai; Eu dou a vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só Pastor. Por isso o Pai Me ama: porque dou a minha vida, para poder retomá-la. Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente. Tenho o poder de a dar e de a retomar: foi este o mandamento que recebi de meu Pai». (João)
Verdadeiro Deus!
Estamos no 4º Domingo da Páscoa, tradicionalmente conhecido por “Domingo do Bom Pastor”, Domingo também dedicado às vocações consagradas. O Evangelho é de S. João. Aliás, só S. João usa este título do “Bom Pastor”. Mais, S. João usa este título num confronto com os fariseus a propósito da cura do cego de nascença. A discussão nem é propriamente com Jesus, mas dos fariseus, uns com os outros, sobre Jesus: ele é simplesmente um louco, ou será um possesso do próprio demónio, ou será um enviado de Deus? (cfr. Jo 10,20-21) Jesus responde a esta discussão dizendo que é o “bom pastor”.
À volta do título de “Bom Pastor” podem girar vários equívocos. É comum, por exemplo, dizer que esta imagem do “bom pastor” foi um recurso oratório, isto é, Jesus teria usado uma cena do conhecimento comum das pessoas para lhes falar de Si mesmo. Mas o contexto (a referida discussão com os fariseus a propósito da cura do cego) não nos permite dizer isso; é comum também considerar este título “Bom Pastor” uma espécie de imagem edílica: Jesus recorreria a esta imagem para dizer às pessoas que quem vivesse com Ele viveria numa espécie de Éden, pois Ele daria satisfação a todas as suas necessidades, como é suposto um pastor bom profissional fazer com as ovelhas do seu rebanho. Algo do tipo, o pastor preocupa-se por mim, não vale a pena eu preocupar-me, até porque ele tem muito mais meios, poder e saber do que eu. A literatura e a arte apresentam muitas imagens destas, mas mais uma vez o contexto não permite concluir isso. Um outro equívoco é considerar este título como uma espécie de pré-figura do bispo ou do padre, como “pastores” da Igreja... Mas, a falar verdade, se alguém se arroga este título de “pastor” então deve começar por configurar-se ele próprio a Jesus e não é Jesus que deve ser visto à sua imagem como uma pré-figura! Certamente poderíamos ainda referir outros equívocos...
E, todavia, podemos começar a resolver todos estes equívocos se dissermos, logo à partida, que para o povo bíblico, para o Antigo Testamento e para os contemporâneos de Jesus, o “Bom Pastor” era Deus! Então o que Jesus faz dizendo que Ele próprio é o Bom Pastor é assumir o papel do próprio Deus!, é afirmar-se como Deus! Esta reivindicação é de tal modo violenta para a concepção judaica, que S. João termina todas as referências ao “Bom Pastor” com os judeus a pegarem em pedras para apedrejarem Jesus, por “blasfémia”, segundo as suas próprias palavras, “porque sendo ele um homem, a si mesmo se fazia Deus”.
É, portanto, uma afirmação messiânica e, de certo modo, mais do que messiânica, pois o Messias que os judeus esperavam seria um enviado de Deus, mas nunca o próprio Deus em pessoa! É uma afirmação de divindade: Jesus de Nazaré é verdadeiro Deus! A liturgia, depois de nos dois Domingos anteriores nos ter afirmado insistentemente que o Ressuscitado era verdadeiro homem, afirma agora com igual força que o Ressuscitado é verdadeiro Deus.
Maio: mês de Maria
Estamos no mês de Maio, mês de Maria. A proposta para esta semana, à medida que se aproxima o 13 de Maio, é rezarmos todos os dias uma dezena ou um terço. Mas em cada dia pedimos uma graça especial à luz de Maria. Em cada dia podemos substituir a palavra Graça na Ave-Maria pela palavra do dia.
Ave-Maria, cheia de … o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte, Amén.
2ª-feira – Ave-Maria cheia de Liberdade
“Não sei como é possível isso que dizes, pois não conheço homem. Mas se isto é do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra”. Isso é a liberdade: estar livre para que se faça a vontade do Senhor e não a minha. Como está a minha Liberdade?
3ª-feira – Ave-Maria cheia de Esperança
Maria não tem certezas de nada, mas tudo confia no Senhor. Como está a minha Esperança? Em quem coloco a minha Esperança?
4ª-feira – Ave-Maria cheia de Alegria
“A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”. A Alegria é um sinal da presença de Deus. Com está a minha Alegria?
5ª-feira – Ave-Maria cheia de Fé
Maria tem fé em Jesus seu filho. Não aponta para ela mesma mas para o Senhor Jesus, tudo confiando nele. Como está a minha Fé?
6ª-feira – Ave-Maria cheia de Amor
Maria escolheu seguir a vontade do Senhor. Por isso teve uma vida de dádiva e dedicação àquilo que o Senhor lhe pediu. Como está o meu Amor?
Sábado – Ave-Maria cheia de Oração
Durante a vida de Jesus, Maria acompanhava-O e meditava nos seus ensinamentos. “Quanto a Maria, conservava todas estas coisas ponderando-as no seu coração”.Como tem estado a minha vida de oração?
Domingo – Ave-Maria cheia de Graça
Maria, a cheia de graça, escolheu seguir o Senhor e fazer aquilo Ele lhe pediu. Por isso, Deus deu-lhe a Sua Graça. Quais as graças que sinto que o Senhor me tem dado?
Festa das Famílias
Sob o tema “Vida com Valores – Formação da Família” e integrada na Semana da Vida, que decorre de 10 a 17 de Maio, terá lugar no próximo dia 10 de Maio, no Cabeço de Nosso Senhor do Mundo, em Mortágua (se chover será no Pavilhão Desportivo do município), a XV Festa das Família da Diocese de Coimbra.
A iniciativa está a ser preparada pela Unidade Pastoral de Mortágua em colaboração com o Secretariado Diocesano na Pastoral Familiar da Diocese de Coimbra e terá início com o acolhimento às 10 horas.
Às 11 horas terá lugar a Eucaristia presidida pelo Bispo D. Albino Cleto, com transmissão em directo para todo o país, pela Rádio Renascença. Depois do almoço, segue-se a Festa para a Família, onde teremos uma tarde muito animada, recheada com momentos de convívio e de partilha. O encerramento está marcado para as 17,30 horas.
Faz-se o apelo a todas as famílias da nossa paróquia para que estejam presentes neste momento tão importante para a Diocese de Coimbra.
O convite está feito! Apareçam porque promete ser uma festa e um convívio inesquecível….
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