II Domingo do tempo comum Ano C

A segunda leitura da primeira Carta de S. Paulo aos coríntios diz-nos: há diversidades de dons espirituais mas o espírito é o mesmo; há diversidades de ministérios, mas o senhor é o mesmo. Exercem os ministérios na Igreja os que: ensinam, catequizam, pregam; os que servem ao culto, sacerdotes, diáconos, cantores, leitores, acólitos; os que exercem o serviço de caridade; os que prestam os mais diversos serviços à Igreja…
Portanto, S. Paulo afirma que perante a diversidade de dons, de carisma que cada um tem, a sua relação com Deus é igual.
A comunidade cristã tem de ser o reflexo, o espelho da comunidade de amor que une o Pai, o filho e o Espírito Santo.
Por isso pergunto: As nossas comunidades cristãs são espaços de comunhão e de fraternidade, onde o amor e a solidariedade dos seus diversos membros, portanto de nós, reflectem o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo?
Ou, pelo contrário, as nossas comunidades reflectem a desunião, a inveja e a critica que existe entre os seus membros? Como Cristãos, somos todos membros de um único corpo, de que Cristo é a cabeça, com diversidade de funções e de serviços. 
Essa diversidade de “dons” não pode ser um factor de divisão ou de conflito, mas de riqueza para todos. Por isso, pergunto: “Os dons” que Deus nos concede: são sempre postos aos serviços do bem comum, ou servem para nos autopromovermos, para ganharmos prestígio aos olhos dos outros?
É necessário ter bem presente que os “dons” são sempre um dom gratuito de Deus, isto quer dizer que “os dons” não dependem dos nossos méritos pessoais. Nós podemos aperfeiçoá-los e desenvolvê-los.
Por isso, devemos ter consciência de que o mais importante: aquilo a que devem subjugar-se os nossos interesses pessoais; é sempre ao bem da comunidade.
Caros Amigos e Irmãos
O Evangelho de S João fala-nos do milagre realizado por Jesus nas Bodas de Caná. 
Vejamos as lições extraordinária que Maria e Jesus nos dão:
Maria: Está atenta ao que se passa à sua volta (não têm vinho, diz ela a Jesus); Não está distraída ou ocupada com outras coisas…; é interveniente…, não é comodista…, Pede ajuda a seu Filho. Acredita que Jesus pode resolver o problema. Vemos que Maria compadece-se das necessidades dos homens e leva Jesus a antecipar a Sua hora…
Isto quer dizer que para Jesus intervir, não há horas previamente marcadas: quando o homem precisa... é a hora em que Jesus ajuda…
Caros Amigos e Irmãos
Vejamos como o Evangelho termina: Jesus deu início aos seus milagres, foi este o primeiro milagre realizado por Jesus, no início da Sua Vida pública, portanto quando começou a pregar o Reino de Deus.
Diz ainda o Evangelho: manifestou a Sua glória, realizando um milagre, Jesus mostrou que era Deus.
Por último, diz-nos o Evangelho: os discípulos acreditaram em Jesus; verificaram que Jesus tinha poderes que mais ninguém tinha. E este milagre tirou-lhes todas as dúvidas e seguiram Jesus…
Caros Amigos Irmãos
Quais são os sinais que o mundo de hoje necessita para seguir Jesus.
Tem de ser: o nosso testemunho, a nossa acção, a nossa caridade. “Pelo amor conhecerão que sois meus discípulos”, diz o Senhor. Mas, para conseguir isso, é necessário, termos: numa Fé muito forte - capaz de transportar montanhas, como diz o Senhor, uma Oração apaixonada (entrega total), uma confiança - sem limites, sem reservas.

Bordão 17 janeiro

II DOMINGO DO TEMPO COMUM
Is 62, 1-5; Sl 95; 1 Cor 12, 4-11; Jo 2, 1-11

Realizou-se um casamento em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus. Jesus e os seus discípulos foram também convidados para o casamento. A certa altura faltou o vinho. Então a Mãe de Jesus disse-Lhe: «Não têm vinho». Jesus respondeu-Lhe: «Mulher, que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora». Sua Mãe disse aos serventes: «Fazei tudo o que Ele vos disser». Havia ali seis talhas de pedra, destinadas à purificação dos judeus, levando cada uma de duas a três medidas. Disse-lhes Jesus: «Enchei essas talhas de água». Eles encheram-nas até acima. Depois disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa». E eles levaram. Quando o chefe de mesa provou a água transformada em vinho, __ ele não sabia de onde viera, pois só os serventes, que tinham tirado a água, sabiam __ chamou o noivo e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho bom e, depois de os convidados terem bebido bem, serve o inferior. Mas tu guardaste o vinho bom até agora». Foi assim que, em Caná da Galileia, Jesus deu início aos seus milagres. Manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele. (João)


Que logo na 1ª cena fique claro o triunfador final

Retomamos o “tempo comum”. O Evangelho da missa de hoje é retirado de S. João, que é um evangelho com características especiais, composto por “cenas” significativas. Cada cena tem um valor em si mesma, mas ao mesmo tempo tem um valor simbólico, um valor que aponta para o Mistério de Deus Trinitário revelado em Jesus de Nazaré e para o mistério da luta entre o bem e o mal, a luz e as trevas, os valores deste mundo e os valores do Reino.
João começa o seu evangelho com um “prólogo”, uma introdução onde nos apresenta o plano em que ele se situa, e que é exactamente essa teologia: Deus que ama os homens como Pai e manda o seu Filho eterno para os salvar, e a recusa dos homens em aceitá-l’O. Depois do Prólogo, João situa-nos na época em que as cenas se passam (as expectativas messiânicas e o papel de João Baptista) e mostra-nos os actores principais: Jesus e os discípulos que Ele chama. Digamos que até aqui João nos mostrou o cenário e fez uma apresentação sumária dos actores. Vai agora começar a peça, onde vão passar judeus e samaritanos, amigos e inimigos, ricos e pobres, poderosos e servos, apaixonados e traidores, milagres e ingratidão, a própria morte, enfim, o inteiro drama humano que se encontra dia a dia com Jesus de Nazaré, e que ora O acolhe, ora O recusa, até à recusa final na cruz. 
Mas em João, Jesus de Nazaré é sempre o Filho de Deus e a causa (a medida!) do julgamento do mundo. Para João, a salvação é sempre um acto amoroso de Deus; mas nós podemos aceitá-la ou recusá-la; e aceitamo-la ou recusamo-la conforme aderimos ou nos afastamos das atitudes e comportamentos de Jesus de Nazaré. Por isso a última palavra não é a da morte na cruz, a do poder do mundo, mas a palavra do Pai, a ressurreição do Filho ao terceiro dia.
Temos, então, o cenário e o enquadramento da peça. Comecemos, pois, a representação desse drama entre a vida e a morte, entre a salvação e a perdição, entre Deus e as trevas. 1ª cena: um casamento em Caná da Galileia!
O texto lido na missa começa com a fórmula “naquele tempo realizou-se um casamento em Caná...”. Mas esta fórmula litúrgica aqui é infeliz, porque o texto na Bíblia diz “ao terceiro dia realizou-se um casamento...”. Ora esta expressão “ao terceiro dia” (ou “três dias depois”), consiste na própria chave de compreensão de todo o texto das Bodas de Caná: João fala de outro casamento, de outro vinho, de outra intervenção da mãe, de outra fé dos discípulos... “Três dias depois”, quer dizer Páscoa, Ressurreição, triunfo da vida, palavra final de Deus na história do drama que foi a vida de Jesus de Nazaré. Noutra vertente, “três dias depois” do chamamento de Filipe completavam-se sete dias sobre a cena de João Baptista a pregar no deserto: ora o sétimo dia é o dia do fim da criação, é o ponto ómega da História, é o Dia de Deus. 
Então, o que temos aqui descrito, de um modo simbólico, é a aliança final entre Deus e o povo, que poderia resultar mal por deficiência do povo (pecado), mas que pela acção de Jesus resulta bem, porque Jesus transforma a realidade meramente humana em realidade divina.
Estruturalmente, a cena serve como apresentação de Jesus aos próprios discípulos e para introduzir o papel de Maria na História da Salvação. Mas mesmo na conclusão, não deixa de ser pascal: “manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele”.



Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

As comunidades católicas presentes no mundo inteiro são convidadas hoje a celebrar o 96.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. Como indica o Papa Bento XVI, na sua mensagem para esta celebração, o tema deste ano, “Os migrantes e os refugiados menores”, refere-se a um aspecto que os cristãos avaliam com grande atenção, recordando-se da admoestação de Cristo, que no juízo final considerá referido a Ele mesmo tudo o que é feito ou negado “a um só destes pequeninos” (cf. Mt 25, 40-45). E como não considerar entre os “pequeninos” também os migrantes e refugiados menores? O próprio Jesus, quando era criança, viveu a experiência do migrante porque, como narra o Evangelho, para fugir às ameaças de Herodes, teve que se refugiar no Egipto juntamente com José e Maria (cf. Mt 2,14).
A celebração do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, desejada anualmente nesta data, por João Paulo II, é, no dizer de Bento XVI, uma “ocasião de manifestar a solicitude constante que a Igreja alimenta por aqueles que vivem, de vários modos, a experiência da emigração. Trata-se de um fenómeno que, como na Encíclica Caritas in veritate, impressiona pelo número de pessoas envolvidas, pelas problemáticas sociais, económicas, políticas, culturais e religiosas que levanta pelo desafios dramáticos que apresenta às comunidades nacionais e internacional. O migrante é uma pessoa humana com direitos fundamentais inalienáveis que devem ser respeitados sempre e por todos (cf. N.º 62)
Embora em Portugal a celebração deste Dia Mundial se situe tradicionalmente em Agosto, em conclusão da Semana Nacional das Migrações, não deixa de ter cabimento acolher, desde já, o apelo particular do Santo Padre que dirige aos cristãos. Bento XVI pede que vamos ao encontro dos nossos irmãos mais necessitados. A paróquia de Santa Clara não está fora desta problemática. Quantos migrantes não se encontram na nossa freguesia, e alguns, a necessitarem de apoio?

Miguel Cotrim


CNE apresenta em Coimbra novo Programa Educativo

- É considerado a maior reforma educativa do maior movimento juvenil em Portugal. Só a paróquia de Santa Clara possui dois agrupamentos, um em Santa Clara e o outro no Bordalo. 

O Corpo Nacional de Escutas (CNE) vai aplicar a partir de Outubro de 2010 um novo programa educativo que tem sido preparado nos últimos oito anos. Caberá a cada agrupamento definir os seus objectivos e como os atingir. 
O Corpo Nacional de Escutas (CNE) aprovou no passado mês de Novembro o novo programa educativo, que começará a ser aplicado em Outubro deste ano. No passado dia 16 de Dezembro decorreu no Instituto Justiça e Paz, um encontro com todos os assistentes espirituais dos agrupamentos pertencentes à Diocese de Coimbra. O objectivo foi dar a conhecer todo o processo de Renovação da Acção Pedagógica (RAP) do movimento escutista que vai ser agora implementado a nível nacional. O Padre António Sousa participou no encontro para se inteirar deste novo projecto. 
Segundo o assistente regional do CNE de Coimbra, Padre João Paulo Vaz “vão funcionar cerca de dez sessões de formação para dirigentes” de forma a implementar o RAP. Esta renovação pretende adequar-se “às necessidades e inspirações dos tempos actuais”, respeitando sempre “o essencial” do método escutista, disse à margem do encontro.



De 18 a 25 de Janeiro
Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, a decorrer de 18 a 25 de Janeiro, vai centrar-se no tema “Vós sois disso testemunhas”. 
A Oração pela Unidade dos Cristãos, “Vós sois disso testemunhas.” (Lc 24), terá lugar nas datas e templos seguintes: 18 de Janeiro: 20h30 - Igreja Presbiteriana da Figueira da Foz; 19 de Janeiro: 21h00 - Igreja Católica de Cantanhede; 20 de Janeiro: 20h30 - Igreja Católica de Arazede; 21 de Janeiro: 20h30 - Igreja Católica de Alhadas; 22 de Janeiro: 20h30 - Igreja Católica de Portomar; 25 de Janeiro: 21h00 - Igreja Católica de São João Baptista de Coimbra.


Centro de Acolhimento João Paulo II: Cobertores precisam-se!

Os sem-abrigo em Coimbra estão a precisar com urgência de cobertores, sacos de cama, atoalhados e vestuário quente. O apelo é do Centro de Acolhimento João Paulo II (CAJPII). O stock do CAJPII está esgotado no auxílio a estes cidadãos e às 800 famílias que apoia.
As doações ao CAJPII podem ser entregues nas instalações do centro, na Rua dos Combatentes da Grande Guerra, junto à igreja de S. José. São entre 70 a 80 o número de pessoas referenciadas em Coimbra como não tendo abrigo.


Continuam abertas as inscrições para o Colóquio Nacional de Paróquias

O 11.º Colóquio Nacional de Paróquias vai realizar-se nos dias 12 e 13 de Fevereiro de 2010, no Seminário dos Combonianos, em Coimbra. O encontro contará com a participação do Padre Carlos Carneiro, director do Centro Universitário Manuel da Nóbrega. A organização convidou também o Padre Alphonse Borras, vigário geral da diocese de Liège (Bélgica). Inscrições e informações: Secretariado Nacional dos Colóquios - Igreja de S. José - 3030-320 COIMBRA - Tel: 239 712451; telem: 96 3204874



Missas da Semana

Dia 19 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 20 – 4ª Feira
21h00 – Capela das Lages.

Dia 21 – 5ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 22 – 6ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento. 

Dia 23 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.


Missas de Domingo

Dia 24 de Janeiro
09h00 – Capela da Cruz dos Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel