Bordão 31 de Maio

DOMINGO DE PENTECOSTES
Actos 2, 1-11; Sl 103; 1 Cor 12, 3b-7.12-13; Jo 20, 19-23

Ninguém pode dizer «Jesus é o Senhor», a não ser pela acção do Espírito Santo. De facto, há diversidade de dons espirituais, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.(...) Na verdade, todos nós __ judeus e gregos, escravos e homens livres __ fomos baptizados num só Espírito, para constituirmos um só Corpo. E a todos nos foi dado a beber um único Espírito. (1ª Coríntios)

Deixai-vos conduzir pelo Espírito e não satisfareis os desejos da carne. Na verdade, a carne tem desejos contrários aos do Espírito e o espírito desejos contrários aos da carne; são dois princípios antagónicos e por isso não fazeis o que quereis; mas se vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei. As obras da carne são bem conhecidas: luxúria, imoralidade, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, ciúmes, discórdias, ira, rivalidades, dissenções, facciosismos, invejas, embriaguez, orgias e coisas semelhantes a estas, sobre as quais vos previno, como já vos disse: os que praticam estas acções não herdarão o reino de Deus. Pelo contrário, os frutos do Espírito são: caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança. Contra coisas como estas não há lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e apetites. Se vivemos pelo Espírito, caminhemos também segundo o Espírito. (Gálatas)

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos». (João)

No último dia, o mais solene da festa, Jesus estava de pé e exclamou: «Se alguém tem sede, venha a Mim e beba: do coração daquele que acredita em Mim correrão rios de água viva». Referia-se ao Espírito que haviam de receber os que acreditassem n’Ele. O Espírito ainda não viera, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado. (João)

Baptizados “num só Espírito” (?)
A liturgia de hoje é riquíssima na variedade de textos que nos oferece, tanto na Missa da Vigília do Pentecostes como na Missa do Dia, porque além destas duas missas diferentes, ainda oferece alternativa de escolha de vários textos. Os textos aqui apresentados são a 2ª Leitura da Missa do Dia, 2ª Leitura alternativa, tirada das Carta aos Gálatas, o Evangelho da Missa do Dia e o Evangelho da Missa da Vigília. A verdade é que todas elas são leituras tão ricas que qualquer corte ou omissão resulta em prejuízo. 
Diante desta riqueza, limitamo-nos a brevíssimas notas:
- Os frutos que damos revelam que nos deixamos conduzir pelo Espírito ou que antes satisfazemos os desejos da carne? Paulo terá razão quando diz que o Espírito e a carne “são dois princípios antagónicos”? Sentimos isso na nossa vida? Como gerimos esses dois princípios?
- Como pomos a render na vida da paróquia os dons que recebemos do Espírito Santo? Como aceitamos os dons que os outros têm? A paróquia funciona como um verdadeiro corpo? A paróquia deixa-se conduzir pelo Espírito Santo? Que frutos prevalecem: caridade?, alegria?, paz?, ou inimizades?, ciúmes?, discórdias?, facciosismos?... 
- Na nossa vida prevalece o Espírito ou a lei? Por exemplo, vamos à missa porque queremos viver a comunhão com Deus e com os irmãos, ou porque se não formos é pecado?
- O que é mais importante nas festas que mais celebramos (Baptismo, 1ª Comunhão, Crisma, etc.): o Espírito Santo?! 
- Jesus derrama o seu Espírito sobre os Apóstolos, enviando-os em missão... Somos missionários? A nossa comunidade é missionária?
- O que “bebemos” de Jesus - a sua Palavra?, o seu exemplo de Vida?, a sua relação com Deus?, a sua Morte?


Encerramento do Ano Paulino na Diocese de Coimbra




















Foram muitas as iniciativas realizadas ao longo do Ano de S. Paulo. Para as paróquias da cidade de Coimbra foram sobretudo significativas as Conferências Quaresmais, com oradores de grande craveira e com uma grande assistência deveras interessada. Dentro de todas, sem esquecer o desassombro testemunho do Dr. António Pinto Leite e as brilhantes intervenções do jornalista António Marujo e da senhora Doutora Maria do Loreto, são de destacar as duas últimas, do sr. D. António Couto e do sr. Padre Manuel Carreira das Neves.
O Instituto Superior de Estudos Teológicos de Coimbra também dedicou as suas jornadas anuais a S. Paulo. D. Ilídio Pinto Leandro, Bispo de Viseu desafiou-nos, à semelhança de S. Paulo, a cultivar o amor à verdade. Porque a verdade para Paulo era Cristo. O Doutor José Carlos Carvalho, o Doutor João Duque, o Padre Doutor Vítor Coutinho e o Doutor António Moiteiro contribuíram também para o enriquecimento desta jornada.
O CADC e o Serviço Pastoral do Ensino Superior também organizaram ao longo do ano vários colóquios sobre a temática. 
A Comunidade eclesial “Sal e Luz”, que é o conjunto de cinco paróquias da margem esquerda do Mondego, constituídas por Almalaguês, Antanhol, Assafarge, Cernache e S. Martinho do Bispo levaram a efeito várias conferências. D Ilídio Leando, Bispo de Viseu, D. Anacleto Oliveira, Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa e D. Albino Cleto foram alguns dos conferencistas que por lá passaram.
A Diocese de Coimbra, depois de ter promovido duas peregrinações aos Passos de S. Paulo, vai agora encerrar as comemorações do Ano Paulino com um Simpósio sobre S. Paulo. Este simpósio terá lugar no ISEC – Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, junto ao Continente do Vale das Flores, no próximo dia 6 de Junho.
As inscrições para o Simpósio podem ser remetidas para a Casa Episcopal, Rua do Brasil, 3030-775 Coimbra. Tel.239 708 320 Fax. 239 708 321 ou por e-mail: casaepiscopal@diocesedecoimbra.pt
O preço de inscrição é de dez euros e inclui o almoço.

Miguel Cotrim

Programa do Simpósio

9,30 horas – Acolhimento
10,00 horas – S. Paulo perante a cultura do seu tempo (Doutor José Carlos de Carvalho – Universidade Católica do Porto)
11,30 horas – Do Encontro Pessoal à Construção da Comunidade (Doutor Juan Ambrósio – Universidade Católica Portuguesa de Lisboa)

13,00 horas – Almoço

14,30 horas – Mesa Redonda: Valores da Sociedade e Diálogo da Fé com a Cultura (Doutor José Carlos Seabra Pereira da Universidade de Coimbra; Doutor Alexandre Franco de Sá, da Universidade de Coimbra)
16,30 horas – Eucaristia presidida por D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra




Missas da Semana

Dia 02 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 03 – 4ª Feira
21h00 – Capela do Bordalo.

Dia 04 – 5ª Feira (1ª quinta-feira)
17h30 – Confissões
18h00 – Eucaristia, seguida da Exposição Solene do Santíssimo Sacramento 
e Canto de Vésperas.

Dia 05 – 6ª Feira (1ª sexta-feira)
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento. 

Dia 06 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.


Missas de Domingo

Dia 07 de Junho
09h00 – Capela da Cruz de Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel


Aviso:
- O ofertório das missas do próximo domingo é para a Igreja Diocesana.



Solenidade da Ascensão do Senhor – Ano B

No Evangelho da missa de hoje Jesus fala-nos do papel dos discípulos do mundo, após a Sua partida ao encontro do Pai.
1º - Jesus ressuscitado define a missão dos discípulos;
2º- Jesus parte ao encontro do Pai;
3º- Os discípulos partem ao encontro do mundo, a fim de porem em prática a missão que Jesus lhes confiou.
Jesus ressuscitado aparece aos discípulos; acorda-os do comodismo em que se tinham instalado e define a missão que, para o futuro, eles serão chamados a desempenhar no mundo…
E essa missão dos discípulos destina-se a todo o mundo e a toda a terra. Depois, Jesus mandou-lhes que pregassem o Evangelho.
O que é o Evangelho? Diz o próprio Jesus que o Evangelho é o anúncio de que o Reino de Deus chegou à vida dos homens, trazendo-lhes a paz, a libertação e a felicidade. O Evangelho é o anúncio de um acontecimento único e fundamental em que através de Jesus Cristo, Deus veio ao encontro dos homens, manifestou-lhes o seu amor, inseriu-os na sua família, convidou-os a integrar a comunidade do Reino, ofereceu-lhes a vida da graça.
Por isso, o anúncio do Evangelho obriga os homens a fazerem uma opção. Diz Jesus: “Quem, acreditar e for baptizado, será salvo.” Portanto, quem aderir à proposta que Jesus faz, terá a vida da graça e definitiva. Diz ainda Jesus: “Quem não acreditar, será condenado.”
Portanto, quem recusar a proposta de Jesus, ficará à margem da Salvação.
A presença da Salvação de Deus no mundo tornar-se-á uma realidade, através dos gestos dos discípulos de Jesus… Comprometidos com Jesus, os discípulos: vencerão as injustiças e as incompreensões, serão mensageiros da paz entre os homens, levarão a esperança e a vida nova a todos os que sofrem e que são prisioneiros da doença e do sofrimento. Em todos os momentos, Jesus estará com eles, ajudando-os a vencer as contrariedades e as oposições. Por último, Jesus fala-nos da acção missionária dos discípulos: eles partiram (quer dizer, deixaram para trás o trabalho, a família, os amigos, por causa da missão que Jesus lhes deu), partiram a pregar (quer dizer a anunciar com palavras e com gestos concretos essa vida nova que Deus ofereceu aos homens através de Jesus), partiram a pregar por toda a parte (propondo a todos os homens, sem excepção, a proposta salvadora de Deus).
Sublinhemos ainda que não estão sozinhos durante a missão… Jesus, vivo e ressuscitado, está com eles, coopera com eles e manifesta-se ao mundo através das palavras e acções dos discípulos. Diz-nos Stº Agostinho sobre a Ascensão do Senhor: “Jesus não deixou o céu quando desceu de lá até nós, nem se afastou de nós quando voltou a subir ao céu.”
A festa da Ascensão de Jesus é, sobretudo, o momento em que os discípulos tomam consciência da sua missão e do seu papel no mundo.
A Igreja (a comunidade dos discípulos que somos nós, reunida à volta de Jesus, animada pelo Espírito Santo) é, essencialmente, uma comunidade missionária, cuja missão é testemunhar a todos a proposta de salvação e de libertação que Jesus veio trazer aos Homens. E nós temos esse espírito missionário e de evangelização?
No local de trabalho? Em minha casa? No meu prédio? Na minha rua? No meu bairro? Na minha família? Junto dos meus amigos?