Bordão 5 Julho



















XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Ez 2, 2-5; Sl 122; 2 Cor 12, 7-10; Mc 6, 1-6

Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se à sua terra e os discípulos acompanharam-n’O. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem tudo isto? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada e os prodigiosos milagres feitos por suas mãos? Não é Ele o carpinteiro, Filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão as suas irmãs aqui entre nós?» E ficavam perplexos a seu respeito. Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e em sua casa». E não podia ali fazer qualquer milagre; apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. Estava admirado com a falta de fé daquela gente. E percorria as aldeias dos arredores, ensinando. (Marcos)



Um balde de água fria

Vamos retomar o percurso de Marcos desde o inicio: depois de passar pelas margens do Jordão, Jesus vem viver para a Galileia, para Cafarnaum; aí escolhe um conjunto de discípulos e opera alguns milagres. A sua palavra e os seus milagres estendem a sua fama não só a terras longínquas, mas a gentes igualmente longínquas (lembremos a cura do leproso!). As multidões acorrem a Ele, e Ele próprio vai à região da Decápole, com uma vida religiosa confusa entre crenças judaicas e outras de origem pagã, onde a multidão o aperta a ponto de ninguém saber quem lhe tinha tocado nas vestes (a mulher do Evangelho do Domingo passado).
Quando parece que todo o mundo está conquistado, que os povos lhe caem rendidos aos pés, que o terreno está limpo de pedras e de espinhos e que a semente pode germinar e crescer para ser a árvore grande prometida na parábola..., pumba: um balde de água fria na sua própria terra! Ninguém conseguia ver n’Ele mais do que o habilidoso artesão local: carpinteiro, pedreiro e outras artes similares...
A sinagoga era como as nossas Igrejas, mas mais cheia! E com mais vida comunitária! Ao Sábado toda a vida das aldeias girava à volta da sinagoga. Portanto, é a sua terra em peso que se espanta com ele... e que o recusa. É recusado onde parece que as pessoas mais o deveriam acolher, exactamente porque o conhecem, porque sabem das suas qualidades, porque sabem quanto ele as estima...
Marcos, como faz sistematicamente no seu Evangelho, aproveita claramente esta cena para fazer um paralelismo com a própria vida da Igreja nascente: estende-se aos outros povos, é acolhida, penetra na vida das pessoas, opera milagres de amor..., e dentro do judaísmo, dentro da religião do próprio Jesus de Nazaré, na sua terra, a Igreja é motivo de espanto, nomeadamente pelo que diz e pelo que diz nas sinagogas, provoca confusão nas pessoas, provoca vivas discussões, mas na sua globalidade as pessoas recusam esta nova mensagem e perseguem mesmo os seus pregoeiros, que eram apenas outros judeus que acreditavam que Jesus tinha Ressuscitado e era o Messias.
É curioso que Marcos, para expressar esta realidade de serem judeus recusados por judeus, acaba por se contradizer no próprio texto, dizendo que Jesus não podia ali fazer qualquer milagre, mas que fez de facto milagres com alguns poucos, impondo-lhes as mãos (gesto da Igreja!).
Há por detrás desta recusa questões teológicas, como nos informam outros evangelistas, mas o facto de Marcos ignorar essas questões e se centrar só no jogo ensino-espanto-recusa-impossibilidade (com pouquíssimas excepções) de penetrar na vida das pessoas deve orientar a nossa reflexão nesse sentido. 
Devemos desde logo verificar que este é o esquema comum da pregação dos primeiros cristãos: anunciam uma coisa inaudita (que nunca tinha sido ouvida) - que Jesus de Nazaré ressuscitou e é Deus Salvador; este anúncio provoca espanto nos ouvintes; ao espanto, seguem-se discussões entre os ouvintes e dos ouvintes com os “anunciadores” (algumas dessas discussões “aquecem” a sério, nomeadamente nas sinagogas judaicas); e no fim, uns aceitam, outros recusam. No fundo, é este o caminho para hoje também: os cristãos só têm uma coisa para anunciar ao mundo, sintetizada maravilhosamente por S. Paulo: Cristo, e Cristo crucificado, escândalo para uns, loucura para outros, mas para aqueles que O aceitam, fonte de salvação. Isto faz-se em discussão, apresentando os argumentos até ao fim, e aceitando o resultado: uns aceitam, outros recusam, mesmo que incompreensivelmente!
Falta só dizer que Marcos aponta como motivo de recusa desta “novidade” as auto-convicções que as pessoas têm de já se conhecerem tudo “de ginjeira” à sua volta! Ficam fechadas à novidade do próprio Deus. Perigoso! Mesmo (ou sobretudo) para aqueles que todos os Sábados/Domingos vão à sinagoga/templo...: é na própria casa que os profetas são desprezados.




D. Albino Cleto inicia Ano Sacerdotal com ordenações


O Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto presidiu no passado Domingo, na Sé Nova, à ordenação do presbítero João Paulo Fernandes e do diácono Orlando Henriques. 
João Paulo Fernandes, natural de Almagreira, foi ordenado sacerdote. Depois de ter concluído o curso de Teologia no Instituto Superior de Estudos Teológicos (ISET) de Coimbra, prepara-se agora para apresentar a sua tese de mestrado sobre a relação íntima entre a Igreja e a Eucaristia. Neste ano pastoral tem estado a colaborar com o Padre Jorge Santos em Semide, Rio de Vide e Senhor da Serra. 
Orlando Henriques, natural de Arganil, que este ano termina o curso de Teologia no ISET, e que irá apresentar no próximo ano a sua tese de mestrado, foi ordenado diácono.
Com estas ordenações, D. Albino Cleto deu início ao Ano Sacerdotal. Perante uma Sé cheia de fiéis, o Bispo de Coimbra espera que seja “um ano de frutos, de bons frutos”. O prelado da diocese não pretende que seja apenas um ano de palavras e gestos, mas também de bênçãos para toda a Igreja. O Bispo de Coimbra pediu a todos os sacerdotes presentes (cerca de uma centena), aos consagrados e fiéis presentes para que sejamos “anunciadores à semelhança de Paulo, e sacrificadamente pastores como Pedro”.
Para o Bispo de Coimbra, o ano sacerdotal será um ano a contemplar o sacerdote único e eterno que é o Senhor Jesus. Dele nos vem a missão, que é glória, de O tornarmos presente no mundo em que vivemos. 
D. Albino Cleto pediu na abertura do ano sacerdotal, que em todas as primeiras quintas-feiras de cada mês, em todas as paróquias da sua diocese, que se faça a adoração de Nosso Senhor Jesus, se possível solenemente exposto, a fim de Lhe pedir também a graça de mais vocações.
Miguel Cotrim


Nasce hoje a nova paróquia de S. João Baptista

O dia da criação da nova paróquia de Coimbra, designada de S. João Baptista, é celebrado hoje numa eucaristia presidida pelo Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, em que são esperadas centenas de pessoas.
A paróquia de S. João Baptista, a primeira a ser criada na cidade de Coimbra nos últimos 75 anos, vai abranger as zonas do Vale das Flores, Boavista, pólo II da Universidade, Pinhal de Marrocos, Portela, Areeiro e Alto de S. João.
“Criar uma paróquia é um acto raríssimo. Já há muitos anos que não se cria uma paróquia na Diocese de Coimbra, sobretudo na cidade”, referiu à Agência Lusa o Padre Jorge Santos. O prelado, que ficará responsável pela paróquia de S. João Baptista, observou que “a cidade foi crescendo para aquela zona e a Igreja deve estar presente onde estão presentes as pessoas”.
O Bispo de Coimbra celebra eucaristia pelas 11horas, na Quinta da Portela, numa tenda montada para o efeito, procedendo depois ao acto solene de bênção da igreja pré-fabricada onde o culto se vai realizar nos próximos anos. 




Missas da Semana

Dia 07 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 09 – 5ª Feira 
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 10 – 6ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento. 

Dia 11 – Sábado
17h00 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.


Missas de Domingo

Dia 12 de Julho
09h00 – Capela da Cruz de Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel


Aviso:
O ofertório das missas do dia 12 é para o Santo Padre.