Bordão 18 Outubro



















XXIX DOMINGO COMUM
Is 53,  10-11; Sl 32; Hebr 4, 14-16; Mc 10, 35-45

Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Mestre, nós queremos que nos faças o que Te vamos pedir». Jesus respondeu-lhes: «Que quereis que vos faça?» Eles responderam: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda». Disse-lhes Jesus: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o baptismo com que Eu vou ser baptizado?» Eles responderam-Lhe: «Podemos». Então Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado. Mas sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem está reservado». Os outros dez, ouvindo isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos». (Marcos)


Sem desculpas para terceiros
Na versão do Evangelho de S. Mateus, quem se aproximou de Jesus para lhe pedir que Tiago e João se viessem a sentar ao Seu lado é a mãe deles! Provavelmente a narrativa de Mateus está mais próxima da realidade, pois não se vê porque motivo Mateus iria acusar a senhora de uma tal presunção ou leviandade se ela não tivesse feito nada! Ganha assim relevância o facto de Marcos omitir a mãe, e dizer que são os dois discípulos, eles mesmos, quem fazem o pedido! Mais uma vez, o evangelista insiste em dizer-nos que está a falar para os discípulos (para nós), sem desculpas para terceiros!

Posto isto, importa ver que Tiago e João não são dois discípulos quaisquer; juntamente com Pedro, formam o grupo mais íntimo de Jesus de Nazaré. Marcos alerta-nos assim para uma coisa muito simples: nem a grande intimidade com Jesus, (nem a maior das maiores intimidades com Jesus!) nos liberta da tentação de sermos maiores do que os outros! Pelo contrário, pode funcionar como motivo imediato para ceder à tentação da vaidade, da vã glória! No caminho para o Reino, podemos ser traídos pelos próprios afectos!

Mas podemos ser traídos também pelo conhecimento, pela acumulação de saberes. Marcos coloca este episódio depois de um longo ensinamento de Jesus aos seus discípulos sobre as exigências do Reino. Os discípulos sabiam já tudo o que era importante sobre o Reino. Mais: Jesus acabara de fazer o terceiro (totalidade!) anúncio de que iria sofrer e morrer em Jerusalém, e ressuscitar três dias depois. Se o terceiro anúncio significa a totalidade do anúncio, parece que nada mais havia a explicar: da parte de Jesus estava dito tudo o que era possível dizer e preciso saber! Ora é a posse desse saber total (desse saber que toda aquela história desembocará em glória!) que leva os discípulos a perderem a própria noção da realidade e a lutarem entre si por um lugar acima dos outros! 

Se para entrar no Reino não há que fiar-se nos afectos mais profundos nem no conhecimento mais verdadeiro, que caminho seguir então? Jesus responde: o caminho do serviço, escolhido como “dever entre vós”. É uma questão de escolha consciente, de exercício objectivo da vontade, de configuração (imitação) do próprio Jesus que, sendo Deus, se colocou totalmente ao serviço “da redenção de todos”.

No Reino entra-se pela imitação de Jesus, servindo e dando a vida pela redenção de todos. Interessa, todavia, dizer que este “dar a vida” de Jesus não tem só a ver com a sua morte em Jerusalém; tem a ver com toda a sua vida. Jesus morreu assim, na cruz, porque viveu de determinada maneira; se tivesse vivido doutra maneira, teria tido uma outra morte qualquer. Vida e morte em Jesus de Nazaré formam uma unidade indissociável.

É um ensinamento para os discípulos, para nós: o caminho mais seguro para entrar no Reino não são as muitas devoções (embora sejam importantes), nem são os muitos estudos (embora sejam necessários), mas é dar a vida, já hoje, pela salvação de todos, servindo como “escravo de todos”! Os próprios sacramentos (cálice, baptismo...) não são sinais mágicos, mas são configuração à vida de Jesus: participar deles é servir. O resto são contas de Deus!




Servas do Apostolado inauguram Centro de Formação Laical e evocam Mons. Duarte de Almeida

No início de mais um ano pastoral, as Servas do Apostolado do Instituto Secular Missionário, em Coimbra, realizaram no passado dia 10 de Outubro, o seu habitual “Encontro de Amigos”. 

O encontro que contou com a presença de meia centena de leigos, muitos dos quais pertencentes ao movimento dos Cursos de Cristandade, serviu também para inaugurar as novas instalações do Centro de Formação Laical (CFL) e evocar a figura de Monsenhor Duarte de Almeida, falecido há cerca de dez anos, considerado um “Grande Amigo” das Servas do Apostolado.
Deolinda Ferreira, director do Instituto Secular Missionário das Servas do Apostolado, referiu à nossa reportagem, que o CFL pretende “ser um espaço de formação aberto a qualquer leigo”. “Todas as instalações estão ao serviço dos leigos para a formação”, sublinhou a responsável pelo instituto. “Tudo o que nós somos e temos, é para oferecer” referiu ainda Deolinda Ferreira, para explicar o carisma da instituição no serviço e na doação aos outros.
O Instituto das Servas do Apostolado, fica situado na nossa paróquia, no Almegue, em Santa Clara, junto ao Centro Comercial Fórum, e o novo edifício está todo equipado com o maior conforto possível. 
Quanto à evocação de Monsenhor Duarte de Almeida, sacerdote diocesano, Deolinda Ferreira caracterizou-o como um “Grande Amigo” da obra em que teve um papel fundamental no acompanhamento espiritual e na formação. “Somos leigas consagradas e estamos no meio do mundo para celebrar a nossa vocação com amor, alegria e simplicidade”, afirmou.  
As Servas do Apostolado vão continuar ao longo deste ano apostar na formação laical. Todas as últimas sextas-feiras de cada mês, entre as 9 e as 22,30 horas, estará previsto um encontro de formação de adultos. Das actividades, ainda fazem parte um retiro no tempo do Advento e na Quaresma, que daremos depois a conhecer.

Miguel Cotrim


18 de Outubro: Dia Mundial das Missões

Com o tema “As nações caminharão à sua luz” (Ap. 21,24), Bento XVI apresenta-nos a sua mensagem para o Dia Mundial das Missões, que se celebra no dia 18 de Outubro. Afirma, entre outras coisas, que “o objectivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminhar na história rumo a Deus, para que encontrem n´Ele a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus”.
Ao sublinhar com um acento particular a missão ad gentes, afirma que “é necessário renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, fermento de liberdade e progresso, de fraternidade, união e paz (cf. Ad Gentes, 8). 
E conclui, citando João Paulo II, acentuando que “o impulso missionário sempre foi sinal de vitalidade de nossas Igrejas (cf. Redemptoris Missio, 2).
A mensagem exorta todos os discípulos de Cristo a “reafirmar que a evangelização é obra do Espírito, e que antes mesmo de ser acção, é testemunho e irradiação da luz de Cristo (cf. Redemptoris Missio, 26) através da Igreja local, que envia os seus missionários para além de suas fronteiras”.
Bento XVI convida ainda “todos a darem um sinal credível da comunhão entre as Igrejas, com uma ajuda económica, especialmente neste período de crise que a humanidade está a viver, a fim de colocar as jovens Igrejas em condições de iluminar as pessoas com o Evangelho da caridade”.



Breves

Bodas de Ouro Sacerdotais de D. Albino 

A Diocese de Coimbra vai comemorar no próximo dia 18 de Outubro, pelas 17 horas, na Sé Novas, as Bodas de Ouro Sacerdotais de D. Albino Cleto. O Vigário Geral da Diocese convida todos os fiéis a participarem nesta cerimónia de Acção de Graças.


Formação de animadores da Pastoral Familiar

No próximo dia 24 de Outubro, das 15 às 19 horas, no Seminário Maior de Coimbra, vai iniciar-se mais um curso de formação de casais animadores da pastoral familiar, promovido pelo respectivo Secretariado. Cada arciprestado deverá enviar, pelo menos, o respectivo casal coordenador e, caso ainda não o tenha, um ou dois casais mais envolvidos nesta pastoral. 
Estes casais terão como principal missão a coordenação da pastoral familiar a nível do arciprestado, em concertação com os párocos e as equipas de famílias que já existem nas comunidades, além de servirem de elo de ligação com o Secretariado Diocesano.


Missas da Semana

Dia 20 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 21 – 4ª Feira 
21h00 – Capela das Lages.

Dia 22 – 5ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento. 

Dia 23 – 6ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 24 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.

Missas de Domingo

Dia 25 de Outubro
09h00 – Capela da Cruz dos Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel


Avisos: 
- Dia 25 o ofertório das missas é para as Missões.
- A Conferência Feminina de São Vicente de Paulo vai, a partir do próximo dia 25 de Outubro, abrir a sua venda de Natal.