Bordão 21 Junho

XII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Zac 12, 10-11; 13, 1; Sl 62; Gal 3, 26-29; Lc 9, 18-24
Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?» Eles responderam: «Uns, João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia». Depois, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á». (Lucas)
Todos vós sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo, porque todos vós, que fostes baptizados em Cristo, fostes revestidos de Cristo. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; todos vós sois um só em Cristo Jesus. Mas, se pertenceis a Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa. (Gálatas)

Guinadas na vida

Quando S. Lucas nos quer introduzir a um momento extremamente solene da vida de Jesus, diz-nos que tal acontecimento se deu num contexto de oração: “Jesus orava ao Pai”. Assim aconteceu no baptismo, na transfiguração do Tabor, na agonia do Horto…, e, curiosamente, nesta conversa de Jesus com os seus discípulos, narrada no evangelho da missa deste Domingo.
Estamos, pois, na visão de S. Lucas, num momento extremamente solene da vida de Jesus. E S. Lucas não está sozinho nesta apreciação. Marcos faz desta conversa o centro do seu evangelho, e Mateus, que escreve para judeus, chega a dizer que a expressão de Pedro foi “Tu és o Filho do Deus vivo”!
Trata-se, de facto, nesta conversa com os discípulos, de um profundo “exame de consciência” que Jesus faz da sua vida, dos seus valores, da sua própria identidade (“quem sou eu?”) e da sua missão: “o que quer o Pai de mim?” Deste exame de consciência, deste discernimento feito com a ajuda dos discípulos, resultam três dados: a confirmação de uma unidade única com Deus (no parecer dos seus discípulos), um caminho de sofrimento e morte (antevisto claramente pelo próprio Jesus) e uma mudança no modo de estar ao serviço de Deus, aquilo a que a nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém chama uma “guinada na vida de Jesus”, e que se traduz em Jesus ter deixado de orientar a sua vida para as multidões e passar agora a orientá-la para a formação, instrução e confirmação na fé dos seus discípulos.
Estas guinadas na vida só se fazem com uma fé em Deus maior do que todas as seguranças adquiridas. Quem guina para a morte, tendo adquirido antes as palmas das multidões, só pode estar inteiramente confiado às mãos de Deus
Curiosamente, o cristianismo nasce também como uma grande guinada religiosa no mundo do judaísmo! Os primeiros cristãos, como S. Pedro ou S. Paulo, não se consideravam a si próprios cristãos, mas judeus. Quando admitiam pessoas pagãs ao cristianismo, na verdade consideravam que as estavam a admitir ao judaísmo, embora plenamente conscientes de que o judaísmo que eles viviam era muito diferente do judaísmo da tradição. Por outro lado, toda a gente sabia que estes cristãos, de facto, não eram judeus nem de nascimento nem de religião! Então, como considerá-los herdeiros das promessas que Deus tinha feito historicamente só aos judeus? No texto que lemos hoje, S. Paulo, escrevendo aos Gálatas, enfrenta este problema e responde assim: se o baptismo incorpora todos os cristãos em Jesus, sendo Jesus descendente de Abraão, verdadeiro judeu de sangue e de fé, então, através de Cristo, todos os cristãos não judeus são incluídos nas promessas de Deus de que Jesus era legítimo destinatário. Em boa verdade, o argumento, mesmo que profundo, é tosco e só prova a dificuldade da Igreja primitiva em gerir esta guinada gigantesca nas tradições judaicas. Afinal, tinha sido mais fácil para estes judeus-cristãos permanecerem nas suas tradições. Mas a fidelidade a Deus exigiu outros caminhos. Prova-se que nem as mais seguras tradições em nome de Deus são sempre fidelidade a Deus, e que essa fidelidade exige, muitas vezes, grandes guinadas na vida: na vida pessoal, como Jesus; na vida comunitária, como os primeiros cristãos.



Encerramento do Ano Sacerdotal

No dia do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja viveu na Praça de S. Pedro, no Vaticano, a maior Celebração Eucarística do que há memória. O branco predominou na praça, dando um efeito espectacular à cerimónia.

Cerca de 15 mil sacerdotes concelebraram com o Santo Padre a Eucaristia de encerramento do Ano Sacerdotal.
Na sua homilia, Bento XVI citou o Santo Cura d´Ars, como modelo do ministério sacerdotal. “O sacerdote não é simplesmente o detentor de um ofício, como os ofícios dos quais toda a sociedade precisa. Ele faz algo que nenhum ser humano pode fazer por si: pronuncia, em nome de Cristo, a palavra de absolvição dos nossos pecados e muda assim, a partir de Deus, a situação da nossa vida. O sacerdócio não é simplesmente um ofício, mas um Sacramento”. Embora conhecendo as fraquezas humanas, Deus confia nos seus sacerdotes. “Deus está à espera do nosso «sim»”, afirmou o Papa. “Peçamos operários para a messe”. Este pedido a Deus no coração de jovens que se considerem capazes daquilo de que Deus os considera capazes: “Era de se esperar que este novo brilhar do sacerdócio não agradasse ao «inimigo»; ele preferiria vê-lo desaparecer, para que afinal, Deus fosse afastado do mundo.
“E assim aconteceu que, justamente neste ano de alegria pelo sacramento do sacerdócio, vieram à luz os pecados de sacerdotes – sobretudo o abuso contra as crianças, no qual o sacerdócio, como sinal da ternura de Deus em favor do homem se reverte em seu contrário”. Bento XVI ressaltou que estes acontecimentos, emersos durante o Ano Sacerdotal, devem ser vistos como uma “tarefa de purificação, que nos acompanha rumo ao futuro e que, mais ainda, nos faz reconhecer e mar o grande dom de Deus”.
O Papa afirmou ainda que os sacerdotes devem estar próximos de seu rebanho. Como fez o Senhor, eles deveriam poder dizer: “Eu conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me”.
Mas “conhecer” não somente um saber exterior, como se conhece o número telefónico de uma pessoa, “conhecer” significar estar interiormente próximo ao outro. Querer-lhe bem. Nós devemos tentar conhecer os homens; devemos buscar trilhar com eles, o caminho da amizade com Deus.
Depois da homilia, os sacerdotes que participaram no encerramento do Ano Sacerdotal, renovaram as suas promessas sacerdotais.
Anyes da bênção final, o Santo Padre renovou o acto de consagração dos sacerdotes a Nossa Senhora, segundo a fórmula utilizada por ocasião da recente peregrinação a Fátima, e proferiu algumas palavras em português:
“Queridos sacerdotes dos países de língua oficial portuguesa, dou graças a Deus pelo que sois e pelo que fazeis, recordando a todos que nada jamais substituirá o ministério dos sacerdotes na vida da Igreja. Perseverai na amizade de Deus e deixai que as vossas mãos e os vossos lábios continuem a ser as mãos e os lábios de Cristo, único Redentor da humanidade!”



Oficinas de Oração e Vida - uma nova evangelização

As Oficinas de Oração e Vida propõem fundamentalmente aos fiéis, um método prático para aprender a orar, de uma maneira ordenada, variada e progressiva, desde os primeiros passos até às profundidades da contemplação. Esta aprendizagem não é teórica, como num curso, mas prática como numa oficina.
A curta história das oficinas tem posto em realce uma realidade: que estas possuem uma notável eficácia transformadora nas pessoas que a elas assistem. Não se trata de uma conversão de fim-de-semana, trata-se de um lento e evolutivo processo ao longo de quatro meses. O testemunho de vida é o factor que confere garantia e credibilidade às oficinas. Uma Oficina de Oração e Vida consta de quinze sessões. Cada sessão dura duas horas e a sessão é semanal.
O mínimo ideal de participantes é de 15 a 25 pessoas. Por circunstâncias especiais este número pode ser maior ou menor. Para informações mais detalhadas é favor contactar: Helena Rebelo/telefone 239837746.


Rastreio de Cancro da Mama junto ao Centro de Saúde de Santa Clara

A partir do dia 22 de Junho uma unidade móvel de mamografia do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) vai estar junto ao Centro de Saúde de Santa Clara, em Coimbra, até ao final do mês de Agosto. O serviço gratuito de exame mamográfico digital estará disponível de segunda a quinta-feira, das 9h às 18h, e à sexta-feira, entre as 9h e as 13h. Esta unidade móvel estará encerrada entre os dias 2 e 20 de Agosto por motivo de férias. O programa está aberto à população feminina entre os 45 e os 69 anos, residente no concelho e interessada em fazer o exame. Para marcações ou informações adicionais, deverão contactar o Centro de Coordenação do Rastreio, através do telefone (239 487 495/6) ou do e-mail (rcmama.nrc@ligacontracancro.pt). O exame mamográfico deve ser repetido de dois em dois anos, de forma a garantir uma prevenção eficaz.


Missas da Semana

Dia 22 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 24 – 5ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 25 – 6ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 26 – Sábado
17h00 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.



Missas de Domingo

Dia 27 de Junho
09h00 – Capela da Cruz de Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel


O Pároco
Padre António Sousa