Domingo de Páscoa – Ano B


Celebramos a Ressurreição de Cristo.
Sabemos que a Ressurreição de Jesus não é um acto isolado mas o ponto de chegada de uma vida vivida na obediência ao Pai e na entrega aos Homens.
Depois de Jesus ter passado pelo mundo, fazendo o bem e libertando todos os que estavam sob o domínio do pecado;
Depois de ter morrido na cruz, como consequência da doutrina que pregava;
Deus ressuscitou-O.
A vida nova que a ressurreição nos trouxe: é termos em nós a vida de Cristo; posta ao serviço do projecto do salvador e libertador de Deus, para nos transformarmos e para nos libertarmos:
- da escravidão;
-do egoísmo,
- e do pecado.
É este o apelo que deixo a todos nós: termos uma, vida nova, para nós e para os outros.
É, por isso, absolutamente necessário que esta mensagem de Salvação e de vida, em união com Deus, chegue a todos os Homens. É uma proposta de Salvação universal que, através de todos os tempos, deve atingir todos os povos da Terra, sem distinção. Pergunto:
- A nós já chegou a proposta da Salvação que Cristo Ressuscitado nos trouxe?
- Que efeitos têm tido em nós?
- Nota-se na nossa vida, que seguimos a Cristo Ressuscitado.
Caros Amigos e Irmãos
Temos de ser nós os cristãos com o nosso exemplo de fé e de alegria e a nossa palavra cheia de vibração e entusiasmo, a levar, os que nos rodeiam, ao encontro de Cristo Ressuscitado.
Não seguimos um homem que terminou os seus dias morto numa cruz, mas seguimos um Homem, que é Deus e que venceu a morte; Ressuscitando.
É esse Cristo que é a Cabeça do Povo de Deus a que todos pertencemos e que, reunidos numa comunidade paroquial, aqui devemos viver e transmitir aos outros: a vida, a força e o dinamismo de Cristo Ressuscitado.
Cristo Ressuscitou, não para ficar prisioneiro nos sacrários dos nossos templos ou, dentro de nós, na comunhão.
Ele é a vida e quer dar e transmitir essa vida a quem ainda não a tem.
Mas, para isso, precisa de nós e depende de nós.
Caros Amigos e Irmãos
A ressurreição de Cristo é o acontecimento mais importante na vida dos Cristãos.
Por isso, não o devemos celebrar apenas no Domingo de Páscoa e só dentro das nossas Igrejas, mas devemos vir para as ruas e para as casas, e levar a Todos o anúncio de Cristo Salvador.
Que Cristo Ressuscitado abençoe todas as famílias e casas da nossa paróquia e leve a todos os lares a paz, o amor e a concórdia entre todos!
Seja esta Páscoa da Ressurreição e a visita Pascal que é o seu prolongamento, ocasião para nos aproximarmos mais de Cristo, mais uns dos outros e que Pároco e paroquianos se sintam mais próximos e mais unidos no Senhor.
Se queremos uma paróquia viva, activa e dinâmica, temos de ir buscar a força a Cristo Ressuscitado. Mas a paróquia será, o que as pessoas que a compõem, queiram ser…
Fica o apelo a Todos. Só vale a pena ser Cristão, se formos Cristãos a Sério!

Bordão 12 Abril

DOMINGO DE PÁSCOA
Act 10, 34a.37-43; Sl 117; Col 3, 1-4; Jo 20, 1-9; [Mc 16,1-7]

Depois de passar o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem embalsamar Jesus. E no primeiro dia da semana, partindo muito cedo, chegaram ao sepulcro ao nascer do sol. Diziam umas às outras: «Quem nos irá revolver a pedra da entrada do sepulcro?» Mas, olhando, viram que a pedra já fora revolvida; e era muito grande. Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado do lado direito, vestido com uma túnica branca, e ficaram assustadas. Mas ele disse-lhes: «Não vos assusteis. Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou: não está aqui. Vede o lugar onde O tinham depositado. Agora ide dizer aos seus discípulos e a Pedro que Ele vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis, como vos disse». (Marcos)


Um Deus eternamente frágil
[Indicamos as leituras da “Missa do Dia” de Páscoa, mas tomamos para nossa reflexão a leitura do Evangelho da Vigília Pascal, que é de S. Marcos, o evangelista que a liturgia segue este ano].
Ressuscitou o Senhor Jesus, aquele que fora injusta e violentissimamente condenado à morte e morte de cruz. “Mas Deus não permitiu que permanecesse sob o poder da morte Aquele que passou fazendo o bem!”, gritará Pedro ao povo no Pentecostes.
A convicção da comunidade cristã primitiva nesta ressurreição de Jesus parece assentar em duas frentes diferentes: uma, em Jerusalém, a partir do “espanto” do túmulo vazio, e que gira à volta de algumas mulheres amigas de Jesus; a outra centrada na Galileia, e que gira à volta de “aparições” do próprio Jesus ressuscitado aos discípulos.
A leitura deste texto do Evangelho de Marcos [missa da Vigília Pascal] reporta-se, como se vê, ao testemunho do túmulo vazio, assente como dissemos sobre a experiência de algumas mulheres. À partida, e de per si, o testemunho do túmulo vazio não conduz necessariamente à fé; de facto, várias hipóteses podem ser dadas (e efectivamente parece terem sido dadas) para o seu esvaziamento: Mateus parece dar a entender que uma das explicações dadas seria que os discípulos simplesmente tinham roubado o corpo de Jesus; S. João sugere que outra resposta que correria é que um hortelão (um agricultor) teria feito desaparecer o corpo, supostamente para acabar com as “peregrinações” ao túmulo (e que danificavam as culturas)… Enfim, fossem lá quais fossem as propostas de explicação para este “desaparecimento” do cadáver, o que parece comprovado é que se correm entre as pessoas diversas tentativas de explicação é porque o fenómeno realmente tinha acontecido: o corpo do Senhor Jesus desapareceu do sítio onde tinha sido colocado!
A todas estas hipóteses sobre o que teria acontecido ao corpo, falta juntar a hipótese dos primeiros crentes: o corpo não estava lá porque tinha ressuscitado. Quem primeiro faz esta leitura de fé são as mulheres, fundamentadas noutros acontecimentos sobrenaturais de que seriam testemunhas, para além do desaparecimento do corpo. Entre esses acontecimentos sobrenaturais prevalece o testemunho de 1 (ou 2) anjos (ou simplesmente um homem vestido de branco, como lemos) que explica(m) esse desaparecimento pela Ressurreição, pela confirmação da reivindicação que o próprio Jesus fizera sobre si mesmo: “ressuscitou, como tinha dito”. Mas o facto de ser um testemunho assente em mulheres, tira-lhe a força de testemunho “legal” junto dos judeus, pois as mulheres não tinham direito a ser testemunhas! Ou seja, como se não bastasse a fraqueza da própria prova (o túmulo vazio), as testemunhas são fracas também - mulheres! Até na ressurreição o triunfo do Nazareno foge a todos os esquemas triunfalistas: os sinais são fracos, as testemunhas não são aceites como tal!
Se quisermos, então, podemos dizer que a fé na ressurreição não nasce verdadeiramente deste episódio narrado neste evangelho de Marcos (ou episódios paralelos nos outros evangelistas), mas sim das aparições gloriosas de Jesus ressuscitado aos discípulos. Por isso, o que estes relatos evangélicos assentes em mulheres sobre o túmulo vazio acrescentam de realmente importante não é que Jesus ressuscitou, mas o modo “esvaziado” de força, de poder, de qualquer tipo de imposição, com que essa ressurreição se deu. A Ressurreição de Jesus não é uma vingança da cruz: é a outra face da cruz, a face gloriosa, mas igualmente humilde, frágil e totalmente entregue pela humanidade.




“Haverá recompensa e justiça para tanta maldade no mundo?”
– pergunta D. Albino Cleto na Bênção dos Ramos















O Bispo de Coimbra. D. Albino Cleto presidiu no passado domingo à celebração do Domingo de Ramos, na Sé Nova, marcando o início da Semana Santa. A celebração transmitida pela Rádio Renascença contou com a participação de uma centena de fiéis.
D. Albino Cleto benzeu os ramos à entrada da Sé Nova, recordando a entrada de Jesus em Jerusalém, consoante a descrição do Evangelho de S. Mateus (Mt 21, 1-10). Depois seguiu-se uma procissão à volta do Largo da Feira dos Estudantes, até à Sé, onde prosseguiu a celebração litúrgica.
Fazendo alusão às leituras e ao Evangelho, D. Albino Cleto procurou meditar sobre a paixão de Cristo. “Na paixão de Cristo reflecte-se sobretudo o amor de Deus: por nosso amor, Deus mandou à terra o seu Filho; por nosso amor Jesus aceitou a vida humana e sujeitou-se aos caminhos que os seus concidadãos lhe traçaram; por nosso amor e para nos ressuscitar com Ele, morreu e foi sepultado, como o grão de trigo que depois floresce numa espiga gerada. Nós, Igreja, somos essa espiga, nascida da morte e ressurreição de Jesus”, salientou o prelado na sua homilia. Para D. Albino, S. Paulo contempla a humilhação do Senhor, “vendo-o a descer numa escada, para vir ter connosco, sempre por amor: Ele, que é Deus, fez-se homem; assumiu a condição de servo”. Meditando sobre S. Paulo, D. Albino disse que o autor pretende que “contemplemos a segunda parte do mistério - «Por isso, Deus Pai o levantou, o exaltou, e lhe deu um nome que está acima de todos os nomes: a Ressurreição».
“Nunca meditaremos devidamente a Paixão de Cristo se não virmos nela o amor de Deus que nos quis ressuscitar com Jesus”, referiu o prelado.
Para D. Albino, a Paixão do Senhor é um “espelho”, reflectindo nela os nossos tempos. “Quanta maldade, quanta mentira, na infidelidade do casamento; quanta riqueza conseguida por maus caminhos, por vezes na humilhação de quem fica desempregado; quantos de vós, queridos doentes e também alguns idosos, deixados na solidão e no esquecimento!”, afirmou o prelado. “Haverá recompensa e justiça?”, questionou o Bispo de Coimbra. “Sim”, respondeu logo de seguida o prelado, apontando a Ressurreição como sinal de esperança.
“Que Deus nos perdoe sermos tantas vezes outros cobardes como Pilatos, manhosamente interesseiros como os chefes dos sacerdotes, volúveis como a multidão”, retorquiu.
Por fim, D. Albino Cleto pediu que nesta Páscoa fossemos ao encontro de Cristo, “presente naqueles que sofrem, visitando-os, amparando-os, ao menos estando presentes como a Mãe de Jesus e os poucos que estiveram presentes no Calvário”.



AGENDA

Missas da Semana

Dia 14 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 15 – 4ª Feira
21h00 – Capela das Lages.

Dia 16 – 5ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 17 – 6ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 18 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.



Missas de Domingo

Dia 19 de Abril
09h00 – Capela da Cruz de Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel

O Pároco
Padre António Sousa

Avisos:
- Dia 18 (sábado) – recomeça a catequese.
- Às 17,30 h haverá reunião de pais das crianças para preparação da 1ª comunhão.