Bordão 29 Novembro



















I DOMINGO DO ADVENTO
Jer 33, 14-16; Sl 24; 1 Tes 3, 12 __ 4, 2; Lc 21, 25-28.34-36

Jesus disse aos seus discípulos: «Nesse tempo haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem». (Lucas)

O perigo de nada de perigoso acontecer

Começamos um novo ano litúrgico: Santo Ano Novo! Ao longo deste ano vamos ser conduzidos - por entre outros textos sagrados - pelo Evangelho de Lucas: o evangelista dos simples, dos pobres, dos pastores, das mulheres, dos últimos, dos pecadores, mas também o teólogo da misericórdia, da caminhada, da missão, do Templo, do anúncio/grito que espanta e que exige uma decisão pessoal e livre diante de Jesus de Nazaré e do Seu Espírito.
O Evangelho da liturgia de hoje remete-nos ainda para a literatura apocalíptica, um género literário usado muitas vezes pelos autores bíblicos para comunicarem a sua fé em contexto de perseguição e opressão, sobretudo de opressão religiosa. A finalidade desta literatura é manter a fé e anunciar o triunfo final de Deus. As imagens de destruição e pavor valem exactamente o seu contrário: a presença última e triunfante de Deus! Lucas diz-nos isso de modo magistral: enuncia um conjunto de sinais, que parecem de horror, para logo concluir que são antes sinais de felicidade: quando os virdes, “erguei-vos e levantai a cabeça porque a vossa libertação está próxima!”. Afinal, os sinais que parecem de horror não são os cósmicos (sol, lua, estrelas, universo...) mas os de quem está caído (erguei-vos) e de cabeça baixa (levantai a cabeça), porque está oprimido.
O tempo em que S. Lucas escreve não é, todavia, tempo de nítida opressão ou perseguição aos cristãos, como será depois, por exemplo, quando for escrito o livro do Apocalipse. Por outro lado, o Templo já fora destruído por Tito e desvanecia-se a ideia de uma segunda vinda imediata de Cristo. Nada nesta altura parecia justificar este texto e menos este tipo de literatura. Mas Lucas resolve respeitar as fontes que recebeu da tradição cristã (em estilo apocalíptico) e aproveita-as para falar não tanto de uma segunda vinda, triunfal, de Cristo, mas das atitudes e comportamentos permanentes que os cristãos devem ter. O que Lucas faz é alertar os cristãos para os perigos de caírem na rotina e na banalidade, exactamente porque nada de extraordinário está a acontecer! “Tende cuidado, porque facilmente podeis deixar-vos ir na intemperança, na embriaguez, nas comuns (e certamente justas) preocupações da vida, e com isso perderdes a consciência de que sois apenas peregrinos da cidade celeste!” O que torna pesado o coração não são as angústias, as dores, o sofrimento, a pobreza e outras coisas assim, mas a normalidade! Cuidado!, avisa Lucas.
Podemos perceber isto por nós próprios: no nosso tempo, na sociedade ocidental, o comum das pessoas tem pão, casa, serviços de saúde, ensino...; a guerra fria passou e não está propriamente iminente nenhuma guerra que nos atinja. Afinal, nesta sociedade e neste tempo, Deus é preciso para quê?! Ninguém parece precisar d’Ele para nada. É isso. Os corações estão pesados, isto é, dominados pela intemperança (querer mais), pela embriaguez (euforia naquilo que já se tem) e pelas preocupações (correria, dizemos nós) da vida! Deus não parece ser necessário, a não ser talvez para uma moralidade de não roubar e não matar, ou para alguma tradição de baptizado e primeira comunhão... O perigo, para nós, para a nossa santidade pessoal, não são trovões, terramotos ou tempestades cósmicas, mas esta rotina de uma vida amorfa, que nos leva a dispensar Deus. Se quisermos dizer de outro modo: Deus ainda é preciso para celebrarmos o Natal?!
É para este perigo, bem actual, que nos alerta o evangelho de hoje. Perigo que implica uma redobrada necessidade de vigiarmos e orarmos em todo o tempo, também neste tempo de paz e abundância.


Escuteiros com novo programa educativo

O Corpo Nacional de Escutas (CNE) aprovou o novo programa educativo, que começará a ser aplicado em Outubro do próximo ano. Para Carla Simões, uma das responsáveis pela elaboração do plano, a renovação pretende adequar-se “às necessidades e inspirações dos tempos actuais”, respeitando sempre “o essencial” do método escutista. 
Em entrevista à Agência Ecclesia, a responsável refere que o documento “tem na base o facto de o CNE ser uma associação cristã”. “Nesse sentido, o projecto pretende que as crianças e os jovens cresçam na fé”, com o “exemplo” dos dirigentes e o apoio das comunidades católicas. O texto ratificado no Conselho de Representantes, que se reuniu em Fátima a 21 e 22 de Novembro, aperfeiçoa a dimensão da “mística e simbologia”, através da atribuição de novos patronos às secções. 
As invocações de São Tiago, São Pedro passarão a abençoar os Exploradores e os Pioneiros, respectivamente. O programa contempla uma abordagem “mais personalista” ao sistema de progresso no Escutismo. As crianças e jovens terão a possibilidade de “negociar” os objectivos de desenvolvimento com os dirigentes e poderão concretizar essas metas com tarefas a realizar fora do contexto do agrupamento. 
Este ano o CNE reforçará a transmissão de novos conhecimentos e competências aos seus responsáveis, para que em Outubro de 2010 todos os agrupamentos estejam em condições de aplicar as directrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Representantes. “Temos cerca de 11 mil adultos voluntários que trabalham todas as semanas com as nossas crianças e jovens; essas pessoas irão receber formação adequada para implementar o programa educativo”, explicou Carla Simões. 
O plano recorda que a finalidade do Corpo Nacional de Escutas é a “educação integral de crianças e jovens de ambos os sexos”, em conformidade com a pedagogia concebida pelo fundador do Escutismo Baden-Powell e os ensinamentos de Cristo, “segundo a doutrina da Igreja Católica Romana”, que o CNE “professa, assume e difunde”.


Encontro de Formação para Catequistas de Adolescentes

Continuando a sua tarefa de formação de catequistas, o SDEC (Secretariado Diocesano de Evangelização e Catequese) vai promover um encontro subordinado ao tema: “A Liturgia na catequese e na vida do catequista” para todos aqueles que fazem catequese aos adolescentes dos 7ºs aos 10ºs anos.
Esta temática, além de actual, é significativa neste projecto de iniciação cristã dos adolescentes. Os problemas e as dificuldades de os catequizandos participarem na eucaristia dominical, de a compreenderem e de a viverem, é motivo mais suficiente para a participação de todos.
Este encontro ocorrerá no dia 5 de Dezembro de 2009, no Instituto Universitário Justiça e Paz, das 10 horas às 17.30 horas. As inscrições devem ser feitas para o SDEC pessoalmente, pelo telefone ou por e-mail, até 29 de Novembro. A inscrição será no valor de 10 euros (com o almoço incluído) e o seu pagamento será feito no início do encontro.

Cursos de Formação para Acólitos

Vai decorrer de 28 a 30 de Dezembro, na casa de Nossa Senhora das Dores, em Fátima, dois cursos para acólitos da nossa diocese com mais de 13 anos. O primeiro é um curso de iniciação, para aqueles que vão pela primeira vez, o segundo é para aqueles que já fizeram o curso de iniciação.
As inscrições devem ser feitas até ao dia 18 de Dezembro para o respectivo Serviço Diocesano de Acólitos.

Missas da Semana

Dia 01 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 02 – 4ª Feira
21h00 – Capela do Bordalo.

Dia 03 – 5ª Feira (1ª quinta-feira)
17h30 – Confissões
18h00 – Eucaristia, seguida da Exposição Solene do Santíssimo Sacramento Canto de Vésperas e oração pelo Ano Sacerdotal.

Dia 04 – 6ª Feira (1ª sexta-feira)
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento. 

Dia 05 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.
21h00 – Início do tríduo, em honra de Nossa Senhora, com a reza do terço na Capela da Senhora da Conceição, no Bordalo. 

Missas de Domingo

Dia 06 de Dezembro
09h00 – Capela da Cruz de Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel
21h00 – Reza do Terço, na Capela da Senhora da Conceição, no Bordalo.

Dia 07 de Dezembro
20h30 – Reza do Terço e Procissão das Velas com a Imagem de Nossa Senhora 
para a Capela Nova do Bordalo

Dia 08 de Dezembro (Imaculada Conceição)
09h00 – Capela da Cruz de Morouços
09h30 – Capela das Lages
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel
15h00 – Procissão com a Imagem de Nossa Senhora para a Capela da Senhora da Conceição, no Bordalo, seguindo-se a Eucaristia.


XXXIV Domingo do Tempo Comum Ano – B Solenidade de Nosso senhor Jesus Cristo Rei do Universo

O Evangelho da missa de hoje relata-nos o diálogo entre Jesus e Pilatos. Pergunta-lhe este: “Tu és o Rei dos Judeus?”
Jesus respondeu-lhe: “ É como dizes: Sou Rei.”
Mas “O meu reino não é deste mundo”, “O meu reino não é daqui.”
Caros Amigos e Irmãos
Os reis deste mundo apoiam-se na força das armas e impõem aos outros homens o seu domínio e a sua autoridade.
Jesus, em contrapartida, é um prisioneiro indefeso, traído pelos amigos, ridicularizado pelos líderes judaicos, abandonado pelo povo; não se impõe pela força, mas veio ao encontro dos homens para os servir; não procura o próprio interesse, mas obedece em tudo vontade de Deus, seu Pai; não está interessado em afirmar o seu poder, mas em amar os homens até ao dom da própria vida…
A sua realeza é de uma outra ordem, da ordem de Deus. É uma realeza que toca os corações e que, em vez de produzir vingança e morte, produz vida e liberdade. Jesus é Rei e o Messias prometido, mas não vai impor a ninguém o seu reinado; vai apenas propor aos homens um mundo novo, assente no amor, na entrega e no serviço. Em que os pobres, os fracos, os marginalizados, aqueles não podem fazer ouvir a sua voz não mais serão humilhados e espezinhados. Jesus procurou substituir, no mundo, o orgulho e o egoísmo, pelo amor e pelo serviço aos outros.
É verdade que, passados mais de dois mil anos, depois do nascimento de Jesus, e esse reino, ainda não se tornou numa realidade plena na nossa vida; contudo, o reino proposto por Jesus está presente na vida do mundo, como uma semente a crescer ou como o fermento a levedar a massa.
Compete-nos a nós, discípulos de Jesus, fazer com que esse reino seja, cada dia mais uma realidade bem viva, bem presente no nosso mundo.
Caros Amigos e irmãos
Nós, os crentes somos convidados a ver Jesus como o centro da história e à volta do qual se constrói a existência humana e o existência Cristã.
Pergunto:
- Jesus é na verdade, o centro da história humana?
- Que influência têm as propostas de Jesus na construção do nosso mundo?
- Jesus está, de facto, no centro das nossas vidas e das nossas comunidades Cristãs?
-Jesus é não a referência fundamental para nós, os crentes?
-Os seus valores, os seus ensinamentos, condicionam ou não a vida dos crentes: quanto à forma de ver o mundo; quanto aos compromissos que os crentes assumem com os outros homens? Ou, então, vive-se como se Cristo não existisse; ou, dizendo que acreditamos n’Ele, fazemos uma vida, em que Cristo e a sua doutrina, nada interferem na nossa maneira de pensar e de agir. A nossa vontade é que prevaleceu e não nos interessa o que Cristo e a sua Igreja nos ensinam…
Caros Amigos e Irmãos
A nossa vida as nossas decisões, a forma de nos relacionarmos com aqueles de nos relacionarmos com aqueles com quem todos os dias nos cruzamos, devem ser marcados por continua atitude de serviço humildade, de respeito, de partilha e de amor.
Como Jesus, também nós temos a missão de lutar - contra todas as formas de injustiça e de pecado…
O reconhecimento da realeza de Cristo convida-nos a colaborar na construção de um mundo novo, do Reino de Deus.
Este deve ser o papel da Igreja nos dias de hoje, em que realeza é serviço. O ofertório da missa de hoje é para os seminários. Sejamos generosos nas nossas orações e na nossa oferta.