Bordão 1 Novembro



















SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
Ap 7, 2-4.9-14; Sl 23; 1 Jo 3, 1-3;  Mt 5, 1-12a
Ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los, dizendo: «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus. Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus. Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa». (Mateus)


Jesus, visto por Mateus
Por sobreposição do calendário, a liturgia deste Domingo celebra a Solenidade de Todos os Santos, própria do dia 1 de Novembro. Anualmente, neste dia, a Igreja oferece-nos à meditação as chamadas bem-aventuranças, segundo o texto de S. Mateus. Vamos considerar três elementos deste Evangelho: o conteúdo, o lugar e os gestos.
O conteúdo: Mateus “abre a vida pública” de Jesus com este texto das bem-aventuranças. Este é, por isso, o enunciado, segundo Mateus, de tudo aquilo que Jesus de Nazaré quis, acreditou, viveu e ensinou. O Reino de Deus que Jesus quer é o reino governado por estes valores; foi por estes valores que Jesus deu a vida; foram estes valores que ele ensinou todos os dias... Portanto, não estamos perante um simples discurso, nem mesmo só perante uma “introdução” ou um “programa” de vida de Jesus, ao princípio, mas estamos perante uma síntese, o resumo mais conciso de todos, da própria vida de Jesus, na perspectiva de Mateus. Jesus de Nazaré foi o pobre em espírito, o humilde, o que chorou, o que teve fome e sede de justiça, o misericordioso, o puro do coração, o promotor da paz! E a todas estas bem-aventuranças, que Jesus viveu todos os dias e certamente terá proclamado muitas vezes, Mateus acrescenta uma outra, já para a Igreja insultada e perseguida nos dias em que ele escreve por seguir aqueles mesmos critérios de Jesus de Nazaré. Essa Igreja que segue os critérios de Jesus, sendo embora por isso insultada e perseguida, tem a recompensa celestial. É dela, afinal, que fala esta solenidade de “Todos os Santos”!

O lugar: Mateus situa este “ensinamento” de Jesus no cimo de um monte. A palavra “monte”, antes de remeter para um lugar físico, remete para um lugar teológico. O monte, como o templo ou o deserto, funciona em Mateus de modo ambivalente: é a um mesmo tempo o lugar da tentação e o lugar da revelação. Esses três “lugares” não são lugares físicos, mas lugares da densidade humana, diríamos do próprio coração humano, onde se guerreiam as forças do bem e do mal. Basta reparar que ainda apenas uma dúzia de versículos antes Mateus nos tinha dito que o diabo tinha conduzido Jesus a um monte muito alto... para O tentar! No Antigo Testamento a Lei tinha sido dada no alto do monte Sinai; mas era também no alto dos montes, nos altares edificados aos deuses Baal, que o povo cometia o maior dos pecados contra a Lei, a idolatria. E não é por acaso que o diabo no alto do monte tinha feito a Jesus exactamente esse pedido explícito: adora-me a mim... Sobre o monte, Jesus ensina! É o novo Moisés, que traz ao povo uma nova Lei. Mas o lugar “monte” remete-nos sempre para uma situação de escolha entre Deus e “deuses”, de escolha entre Jesus Cristo e a idolatria (todas as formas de idolatria, que são exactamente o contrário das bem-aventuranças: dinheiro, orgulho, prepotência, destruição, injustiça...).

Os gestos: viu, subiu, sentou-se, ensinou. A conjugação destes quatro gestos inscrevem este discurso de Jesus directamente no contexto da profecia, mais ainda que no contexto da Lei. Profeta é o que vê com os olhos de Deus e ensina conforme vê! Mas não ensina como qualquer outro; ensina a partir do próprio Deus (sobe) e com a autoridade de Deus: sentou-Se. De facto, Jesus ensina sentado, como senhor do próprio monte!: ele não é só o novo Moisés, mas é maior do que Moisés! E se é maior do que Moisés, a Lei que dá é consequentemente maior do que a Lei de Moisés. Afinal, todos os manuais de moral cristã deveriam começar por este texto bem-aventuranças...



Chamados a ser santos
Celebra a Igreja, no dia 1, todos os santos, essa multidão imensa e incontável, incluindo os santos menos conhecidos, os santos da nossa família e todos os não canonizados oficialmente mas que gozam já da visão beatífica de Deus.
É a festa da Igreja triunfante. De todos os que já estão no Céu. A intenção principal da Igreja nesta solenidade é glorificar a Deus nos seus santos, pois só Ele é Santo e fonte de toda a santidade, que é um dom de Deus mas também resultado dos nossos esforços. Pretende ainda a Igreja com esta celebração propor-nos os santos como exemplo e levar-nos à sua imitação. Eles intercedem por nós junto de Deus. 
Trata-se de uma festa muito antiga, do séc. VIII. Na igreja romana já se celebrava, no século VII, a dedicação do Panteão a todos os santos.
No dia 2, pedimos pelos que já partiram mas ainda aguardam a sua entrada no Céu. Também eles verão a face de Deus. A comemoração dos Fiéis Defuntos começou a fazer-se no século XI, no mosteiro de Cluny.
Estes dias são ocasião de celebrarmos a nossa fé e a dos irmãos que nos precederam. Celebração da fé, traduzida em palavras, gestos e acções que nos ajudem a sermos mais aquilo que Deus espera de nós, pois também nós somos chamados à santidade.
Que estas celebrações nos lembrem que a nossa vida neste mundo é passageira e precisamos de estar preparados quando o Senhor nos chamar. 
Celebremos os nossos defuntos com orações e obras de caridade para com os pobres. Poupemos em velas e em flores, pois não é próprio dum cristão gastar somas enormes com os mortos e esquecermos os vivos.

 
Testemunho de um grupo de catequese
Somos um grupo de jovens do 9º ano da catequese
Temos como objectivos: partilhar o bem, aprofundar a nossa fé, irradiar alegria, dialogar, fazer amigos e, sobretudo, tomar consciência de que somos obra de Deus e que Ele nos criou para sermos felizes. 
Na catequese de Sábado, procuramos encontrarmo-nos com Jesus que é a nossa esperança nos nossos desafios diários.
Queremos aqui; deixar o compromisso de trabalhar para fazer parte do grupo de Jesus.
Os jovens do 9º ano da Catequese de Santa Clara


Missas da Semana
Dia 02 – 2ª Feira (Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos)
08h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel
Dia 03 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.
Dia 04 – 4ª Feira
21h00 – Capela do Bordalo
Dia 05 – 5ª Feira (1ª Quinta-feira do mês)
17h30 – Confissões.
18h00 – Eucaristia, seguida de Exposição Solene do Santíssimo Sacramento e Canto de Vésperas e Oração pelo Ano Sacerdotal.
Dia 06 – 6ª Feira (1ª Sexta-feira do mês)
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.
Dia 07 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.
Missas de Domingo

Dia 08 de Novembro
09h00 – Capela da Cruz dos Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel