Bordão 21 Novembro


SOLENIDADE DE CRISTO REI
2 Sam 5, 1-3; Sl 121; Col 1, 12-20; Lc 23, 35-43

Naqueles dias, todas as tribos de Israel foram ter com David a Hebron e disseram-lhe: «Nós somos dos teus ossos e da tua carne. Já antes, quando Saul era o nosso rei, eras tu quem dirigias as entradas e saídas de Israel. E o Senhor disse-te: ‘Tu apascentarás o meu povo de Israel, tu serás rei de Israel’». Todos os anciãos de Israel foram à presença do rei, a Hebron. O rei David concluiu com eles uma aliança diante do Senhor e eles ungiram David como rei de Israel. (2º Samuel)

Damos graças a Deus Pai, que nos fez dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina. Ele nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, o perdão dos pecados. Cristo é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura […]: por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todas as coisas e n’Ele tudo subsiste. Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos; em tudo Ele tem o primeiro lugar. Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus.(Colossences)

Os chefes dos judeus zombavam de Jesus, dizendo: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus». Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más acções. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso». (Lucas)


Pelo sangue da cruz
O povo hebreu sempre teve muita dificuldade em aceitar a monarquia como sistema político. Nos povos vizinhos, os reis eram endeusados, isto é, adorados como deuses. Basta lembrar os faraós do Egipto, donde o povo tinha fugido, guiado por Moisés, para vermos isto com toda a clareza. Para o povo hebreu, rei era só um: Deus, Iavé. Superavam esta falta de um rei com o acatamento da liderança de algum chefe, mais ou menos prepotente, mais ou menos carismático, a alguns dos quais a Bíblia atribui o nome de “juízes”, e que no fundo eram chefes dos diferentes clãs, muitas vezes em guerra - e guerras bárbaras - entre eles próprios. A falta de um rei, se por um lado assegurava a “realeza única de Deus”, por outro lado propiciava a anarquia e a violência internas, e a fraqueza comum face aos movimentos bélicos dos povos circundantes. Assim nasceu e cresceu um movimento “pró-monárquico” que vai vencer com a consagração de Saul como rei, a que sucede David e depois Salomão. Mas mesmo Saul não conseguiu uma unidade à volta do seu reinado, tendo esta sido apenas conseguida por David, conforme o relato que lemos na Primeira Leitura. Resta acrescentar que a seguir à morte de Salomão logo o povo se dividiu em dois reinos diferentes...

A ideia messiânica no tempo de Jesus fazia do Messias um “novo David”, alguém que conseguisse, à imagem de David, ser o grande rei dos judeus, restaurando a independência diante dos outros povos e reconstruindo a unidade interna. Os críticos são relativamente unânimes a dizer que Jesus recusa qualquer atributo messiânico com que muitos O querem referir, por causa desta identificação do Messias com um “rei”, à imagem dos reis/imperadores dos povos vizinhos. Para Jesus, o Reino é Reino de Deus, e as suas fronteiras são de ordem diferente das fronteiras israelitas. As fronteiras do reino de Deus são a redenção e o perdão dos pecados, conforme escreve Paulo na 2ª Leitura. É deste Reino que Ele, o crucificado, é Rei; e é nesse Reino que o “bom ladrão” foi acolhido no dia da morte do Nazareno, redimido e perdoado.

Jesus é Rei pelo sangue derramado na cruz! Vale a pena reler, com muita clama, o último período do texto de Paulo: “Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus.”



Advento

Vai começar no próximo Domingo o tempo do Advento. Vamos ter um programa bem preenchido, para vivermos este tempo com sentido de Igreja.
Mas, o que é o Advento? Eis como o apresenta a wikipedia:
O Advento (do latim Adventus: “chegada”, do verbo Advenire: “chegar a”) é o primeiro tempo do Ano Litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal.
O Padre Nuno Santos, da Pastoral do Ensino Superior, apresenta-o deste modo:
- Tempo para revermos a nossa vida, o nosso dia-a-dia, as nossas atitudes e palavras.
- Tempo para caminhar e fazer balanço.
- Tempo de mudarmos e de prepararmos o nosso coração para a chegada sempre renovada de um Deus que não desiste de nós e que continuamente espera pelo nosso sim.

MC


Vigília pela vida nascente

No próximo dia 27 de Novembro, pelas 21h30m, na Sé Nova, o Bispo de Coimbra presidirá à “Vigília pela Vida Nascente”, unindo-se espiritualmente ao Santo Padre (e a todos os bispos do mundo) que, à mesma hora, celebrará as Primeiras Vésperas do I Domingo do Advento, este ano inseridas no âmbito de uma vigília pela vida do nascituro.
Para esta Vigília, que seguirá o modelo proposto por Bento XVI, são convidados todos os fiéis e, particularmente, as famílias, as mulheres grávidas e os jovens. No decorrer da celebração as mulheres grávidas receberão uma bênção especial. Também cada família é convidada a trazer o Menino Jesus do seu presépio para ser abençoado, assim como os estandartes de Natal para serem igualmente abençoados (na Sé Nova haverá estandartes para quem os quiser adquirir e depois pendurar nas janelas e varandas das suas casas).

Alpha

O Secretariado Nacional dos Cursos Alpha vai realizar mais uma Conferência Nacional Alpha, no Centro Pastoral de Cantanhede a 4 e 5 de Dezembro próximo. Esta será só para formar equipas novas que os párocos enviem, ou animadores, que já o sejam, ou venham a ser, no futuro, e que nunca participaram numa Conferencia Nacional Alpha.


FORUM – Secretariado Diocesano de Educação Cristã

Vai decorrer, no sábado, dia 4 de Dezembro, no Colégio de S. Teotónio, este Fórum, com o tema: «Em Busca do sentido», tendo como orientadores: Padre Idalino Simões (apresentação temática); Doutor João Paiva nas “Linguagens da fé face ao ateísmo e ao científico”; Doutor Carlos Fiolhais “Ciência e Fé”; Dr. José Leitão “Ideologias e Fé”; Dr. António Pedro Pita “Cultura e Fé” e D. Manuel Pelino “Tranmissão da fé na era do vazio”. A conclusão do Fórum estará a cargo do Bispo de Coimbra e haverá ainda uma actuação do Coro D. Pedro de Cristo.


Missas da Semana


Dia 23 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 25 – 5ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 26 – 6ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 27 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.


Missas de Domingo

Dia 28 de Novembro
09h00 – Capela da Cruz dos Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel


O Pároco
Padre António Sousa