Bordão 19 Abril

II DOMINGO DA PÁSCOA

Act 4, 32-35; Sl 117; 1 Jo 5, 1-6; Jo 20, 19-31


Quem é o vencedor do mundo senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus? Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo; não só com a água, mas com a água e o sangue. É o Espírito que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. (1ª João)


Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa, e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome. (João)


Verdadeiro Deus

Quando lemos este texto do evangelho corremos o risco de nos enrolarmos nas dúvidas de Tomé e já não vermos mais nada do resto. E o resto é imensas coisas, todas essenciais: o dom do Espírito Santo à Igreja, a missão dos apóstolos, a remissão dos pecados do mundo, a confissão da divindade de Jesus… Em boa verdade, este texto do evangelho de João é uma síntese de todo o mistério pós-pascal de Jesus: cada frase é quase em si mesma a formulação de todo um “mistério de fé”.  

Espanta, por isso, que numa síntese-tão-síntese dos grandes mistérios da fé, João se dê ao trabalho de referir três vezes as “mãos” e o “lado” de Jesus! Três vezes! Como se João nos quisesse dizer que o centro e a plenitude de todos os grandes mistérios da fé fosse “as mãos” e o “lado” de Jesus! E, se calhar, quis! E, se calhar, a esta luz, Tomé quando diz “ se não meter as minhas mãos dos seus cravos não acreditarei”, não está só a expressar uma dúvida de fé, mas também e talvez sobretudo a expressar uma condição, uma possibilidade da própria fé: só acreditarei realmente, verdadeiramente, se meter as minhas mãos nas chagas de Jesus! 

É que, por detrás desta insistência de S. João “nas mãos” e no “lado” de Jesus está a mesma questão que também João nos coloca na segunda Leitura que lemos: a filiação divida de Jesus não veio só com a água, “mas com a água e o sangue”! No tempo em que S. João escreve havia,de facto, cristãos que diziam que Jesus não era Deus, mas um homem a quem Deus tinha dado um poder extraordinário pelo baptismo (pela água!) para anunciar Deus como Pai, para fazer milagres, para congregar um grupo de discípulos, etc., mas que depois tinha morrido outra vez como um simples homem... Para estes cristãos o que contava não era Jesus, mas a mensagem anunciada por Jesus depois do baptismo e até à sua morte. S. João insurge-se contra estes cristãos dizendo-lhes: a mensagem é importante, mas o mensageiro (Jesus) também é absolutamente importante, porque nasceu já como Deus (é Deus pelo sangue!, e não só pelo baptismo), e portanto é como Deus que morre na cruz e não como simples homem. 

Então, a afirmação de S. João, pela boca de Tomé, é deste tipo: se não tocares efectivamente, palpavelmente, a divindade de Jesus na própria morte na cruz, verdadeiramente nunca acreditarás que ele é teu Senhor e teu Deus. Acreditar, assim, não é só pôr em prática a mensagem de Jesus, mas pôr em prática a mensagem de Jesus e também tê-lo como único Senhor e Deus da nossa vida, imitando (tocando) o modo como viveu e... morreu.


Conhecer a Paróquia: 

Conferência Feminina de São Vicente de Paulo


São Vicente de Paulo nasceu a 24 de Abril de 1581, em França, vindo a falecer em 1660. Em 1855 foi declarado como Patrono de todas as obras de caridade. 

No dia 11 de Junho de 1925, quinta-feira santa, foi fundada a Conferência Feminina de S. Vicente de Paulo, tendo como padroeiras a Nossa Senhora da Conceição e a Rainha Santa Isabel. A fundadora deste grupo foi a Sra. D.ª Saudade Pereira de Almeida, acompanhada por sua filha Maria de Lurdes Pereira de Almeida, que muito cedo sentiu em si despertar a vocação vicentina, com apenas 12 anos de idade.

A Conferência Vicentina Feminina, na Paróquia de Santa Clara, tem por missão ajudar os pobres, perante as carências do nosso tempo, e estar atente aos seus problemas. Actualmente, a Conferência conta com um grupo de 10 colaboradoras, que dão apoio regular a cerca de 150 famílias inscritas e também, pontualmente, a alguns casos de extrema necessidade que recorrem a esta instituição, depois de analisados devidamente.

A acção caritativa encerra, entre outros, visitas domiciliárias, distribuição mensal de géneros recolhidos pelo Banco Alimentar e, dentro das possibilidades financeiras, a comparticipação de algumas despesas fixas de algumas famílias. A receita de que dispõe é muito reduzida, não recebendo qualquer tipo de subsídio governamental, mas apenas o donativo de alguns subscritores e simpatizantes, e o resultado da colecta que semanalmente se realiza no final de cada reunião.

Face ao número crescente de pedidos de apoio que não conseguimos satisfazer, aproveito para apelar à ajuda de todos os que possam contribuir com algum tipo de apoio para a nossa iniciativa, inspirada em S. Vicente de Paulo.  

Enquanto grupo, a Conferência reúne-se todas as terças-feiras, pelas 17h no Centro Pastoral Rainha Santa Isabel. Fica o convite a todas as que sentirem vocação para a nossa missão que nos procurem, que decerto serão muito bem-vindas.

Isménia Filipe  



AGENDA

Missas da Semana


Dia 21 – 3ª Feira

18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.


Dia 23 – 5ª Feira

18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.


Dia 24 – 6ª Feira

18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento. 


Dia 25 – Sábado

16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.

Missas de Domingo


Dia 26 de Abril

09h00 – Capela da Cruz de Morouços

09h30 – Capela das Lages

10h00 – Capela do Bordalo

11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel




Avisos:

- No próximo domingo, dia 26 de Abril, no Recinto do Convento de Santa Clara, haverá Rastreio Visual a partir das 10 h para quem desejar fazer um exame aos seus olhos, que é gratuito. 

- Dia 25 de Abril (sábado) há catequese.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.