Bordão 31 Janeiro

IV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Jer 1, 4-5.17-19; Sl 70; 1 Cor 12, 31 – 13, 13; Lc 4, 21-30

Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir». Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?» Jesus disse-lhes: «Por certo Me citareis o ditado: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum». E acrescentou: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho. (Lucas).

Solenemente
A leitura do Evangelho de hoje faz uma unidade com o da semana passada. É ainda a primeira actuação pública de Jesus no evangelho de Lucas, colocada em Nazaré. O desfecho desta intervenção foi a tentativa dos ouvintes de O matarem. Logo na primeira vez em que abre a boca! Em boa verdade, o desfecho não foi bem este porque, diz Lucas, Ele passou pelo meio deles e seguiu o seu caminho.
Evidentemente, há neste desfecho uma série de elementos teológicos. A “expulsão da cidade” e o levarem-n’O para o “alto” a fim de O matarem evoca já o lugar do “Calvário”, enquanto que a passagem de Jesus pelo meio deles, seguindo o seu caminho, evoca a ressurreição e a difusão do Evangelho contra todas as oposições. Ou seja, Lucas, para além da omnipresença da morte, abre também já a omnipresença à vitória de Jesus sobre a morte. Neste episódio da sinagoga de Nazaré, Lucas apresenta todo o mistério de Cristo: ele veio como o Servo de Javé para cumprir todas as expectativas messiânicas, mas foi recusado e morto. Porém libertou-se dos inimigos (o último dos quais é a morte, diz S. Paulo) e segue o seu caminho na história da humanidade.
Fica a pergunta: mas se Ele veio para cumprir todas as expectativas messiânicas, e cumpriu-as de facto (“cumpriu-se hoje”), porque O mataram?
Responde Lucas: porque a Sua visão do papel do Messias não era judeocêntrica, não estava centrada no povo judeu, mas na inteira humanidade. O verdadeiro burburinho dentro da sinagoga começa quando Ele enrola o livro de Isaís, o entrega e se senta. É um burburinho só de olhos: “estavam cravados n’Ele os olhos de todos”. Mas é um silêncio impossível de não se ouvir! Porque Ele tinha feito uma coisa nova!: deixara de ler, solenemente, o resto do texto de Isaías, a parte do texto em que o profeta acrescentava à salvação dos judeus (“libertação aos cativos”, etc.) a condenação dos ímpios, dos pagãos! Deus não se ia vingar de ninguém!, nem ia vingar as humilhações históricas do seu povo! É na solenidade de “fechar o livro, o entregar e se sentar” que reside toda a força desta cena. Agora, é preciso que dê uma explicação clara! Explicação que aparece no Evangelho deste Domingo: Deus, para Jesus, não tem predilecção pelo povo hebreu; não tem, nem nunca teve: já Elias e Eliseu o tinham mostrado! É só uma questão de saber ler as Escrituras! E também não é um Deus de vingança, mas de amor; de amor mesmo aos seus inimigos!
Como isto fere! Os ouvintes que querem matar Jesus em Nazaré, ao contrário daqueles que acabam por O matar mesmo em Jerusalém, não são gente importante, não são sacerdotes do Templo, nem membros do Sinédrio, nem governadores de Roma. São gente simples de uma terra muito humilde, uma pequena aldeia, onde toda a gente se conhece mutuamente, se entreajuda, se trata por tu; são os seus amigos de infância e os amigos dos seus pais. Eles próprios se definem assim, quando se referem a Jesus como o filho de José. É um dos seus. Alguns serão ainda seus parentes… Mas, as ideias feitas, a presunção de superioridade, o orgulho, a crença de possuir toda a verdade sobre Deus, tudo isso lhes tolda o entendimento, lhes deturpa a emoção e lhes conduz a vontade para o erro, para a morte!


Dia Mundial dos Leprosos

No último Domingo de Janeiro de cada ano, é celebrado o Dia Mundial dos Leprosos, o qual foi instituído pela ONU, em 1954, a pedido de Raoul Follereau, o Apóstolo dos Leprosos do século XX. 

A Lepra é uma doença dermatológica, infecciosa, crónica que atinge as pessoas pelo contágio, em especial as mais frágeis que sofrem de desnutrição, falta de água potável e baixos padrões de higiene. Raoul Follereau chamava à lepra a filha primogénita da pobreza. 
O Dia Mundial dos Leprosos celebra-se no próximo dia 31 de Janeiro de 2010 e será mais uma oportunidade para levar as pessoas a reflectirem sobre a situação de sofrimento das vítimas desta doença e a partilhar com elas a sua solidariedade e algo dos seus bens, para ajudar a tratar as suas feridas, aconchegar os seus estômagos, prestar mais informação sobre a doença, reabilitar e reinserir quem está marginalizado por causa desta enfermidade. Quando a Lepra é diagnosticada e tratada atempadamente, evita-se a formação de úlceras, a afectação do sistema nervoso periférico, a produção de lesões graves nos pés, nas mãos e evitar a cegueira. 
Actualmente há tratamento e cura para a doença e são tratados, efectivamente, cerca de um milhão de doentes por ano. No entanto, as precárias condições de vida de muitas populações, devido à pobreza, às injustiças sociais, à ignorância, às guerras e às calamidades naturais causam o aparecimento de 400/500 mil casos novos por ano. Raoul Follereau (1903/1977) dedicou 50 anos da sua vida à causa dos Leprosos “os mais pobres dos pobres”, como ele os definia, orientando a sua acção sob a mensagem “combater a Lepra e todas as causas de exclusão social”. 
A Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau inspira a sua actividade na Mensagem de Raoul Follereau, a favor dos doentes de Lepra e vítimas de todas as “lepras”. 
Em Portugal, a APARF colabora com ajuda material e social, ao mesmo tempo que acompanha os casos mais urgentes e de maior necessidade, tanto nacionais como estrangeiros, cujo número total ronda presentemente meia centena de hansenianos e seus familiares.


Convento de S. Francisco acolhe Concerto de Solidariedade para o Ghana

O Padre João Paulo Vaz, pároco em Portunhos, Outil, Sanguinheira e Bom Sucesso, na Diocese de Coimbra, vai dar um concerto musical no próximo dia 7 de Fevereiro. 
O objectivo da iniciativa prende-se com um gesto de solidariedade para com o povo do Ghana (país africano), onde a Promundo - Associação de Educação, Solidariedade e Cooperação Internacional, sedeada em Coimbra - pretende construir uma escola. O espectáculo de solidariedade está agendado para as 17h00, no Convento de São Francisco. 
Os interessados em assistir ao concerto e contribuir para “a construção de uma escola no Ghana, num projecto da Promundo”, podem adquirir os bilhetes de ingresso através dos contactos: 961313342 | 961313370 | 239923581 e jpv.representacoes@gmail.com

Instrumentos musicais para reclusos
Há um movimento cristão de muito interesse: Visitadores das Prisões. Cada semana passam a visitar, a ouvir, a dar a mão àqueles que perderam a liberdade, a esperança, mas não a dignidade de pessoas humanas. E descobriram, estes Visitadores, que a música é um óptimo meio de levantar o ânimo e promover a sua reinserção. Pede este grupo de visitadores, “O Mateus 25”, a generosidade da oferta de uma ou duas violas ou guitarras, porque há reclusos com talento nesta área.


Missas da Semana

Dia 02 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 03 – 4ª Feira
21h00 – Capela do Bordalo.

Dia 04 – 5ª Feira (1ª quinta-feira do mês)
17h30 – Confissões
18h00 – Eucaristia, seguida da Exposição Solene do Santíssimo Sacramento 
               Canto de Vésperas e oração pelo Ano Sacerdotal.

Dia 05 – 6ª Feira (1ª sexta-feira do mês)
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento. 

Dia 06 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.


Missas de Domingo

Dia 07 de Fevereiro

09h00 – Capela da Cruz dos Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel


Aviso:
- o ofertório da missa do próximo domingo é para a Universidade Católica