Bordão 13 Dezembro












III Domingo do Advento

Clama jubilosamente, filha de Sião; solta brados de alegria, Israel. Exulta, rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém. (Sofonias)

Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo: alegrai-vos. O Senhor está próximo. (Filipenses)

As multidões perguntavam a João Baptista: «Que devemos fazer?» Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo». Vieram também alguns publicanos para serem baptizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?» João respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito». Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?» Ele respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis injustamente; e contentai-vos com o vosso soldo». Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias, ele tomou a palavra e disse a todos: «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias. Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo. Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga». Assim, com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova». (Lucas)

Opções de vida - o cerne do acolhimento do Messias 

O terceiro Domingo do Advento é tradicionalmente conhecido como o Domingo da Alegria. A primeira Leitura de hoje, do profeta Sofonias, faz eco desta alegria pela intervenção salvadora de Deus a favor do seu povo (o resto de Javé), num tempo messiânico. Do mesmo modo, Paulo pede a alegria aos Filipenses, tendo como base a proximidade permanente e protectora de Deus. O salmo, que não é retirado do livro dos Salmos mas do primeiro Isaías, insiste neste tema. Só o Evangelho parece que destoa: que alegria há em repartir com quem não tem, cumprir todos os deveres profissionais, respeitar a justiça e a pessoa do outro?!
Lucas, evidentemente, quando escreveu este texto não o colocou sob a égide da alegria, mas de outra temática diversa, que já aqui enunciámos a semana passada: o anúncio de que aquele homem (Jesus) que apareceu para ser baptizado no décimo quinto ano do imperador Tibério era o anunciado pelas Escrituras e que diante d’Ele as pessoas tinham que tomar opções de vida. O que a primeira parte do Evangelho da missa de hoje nos traz é esse momento de desafio às opções de vida diante de Jesus. O cenário é ainda do Antigo Testamento: grupos baptistas (como o de João Baptista), publicanos, soldados e gente comum, todos fervilhando em expectativas messiânicas; mas o conteúdo da cena, o texto, é já do Novo Testamento: que opção tomo eu e cada um de nós diante de Jesus, o anunciado pelas Escrituras e acreditado por Deus Pai com a Ressurreição? Certo, Lucas não escreve a pensar na alegria, mas que maior alegria pode haver do que essa de um coração de consciência tranquila no dever, na justiça e na caridade?

A segunda parte do evangelho é já narrativa. Narra-nos que, dadas as enormes expectativas messiânicas daqueles tempos, as pessoas facilmente poisavam os olhos neste ou naquele homem mais entusiástico e entusiasmante. Pelo tipo de vida e de pregação (pregação esta que consistiu em anúncio e em denúncia!), João Baptista torna-se naturalmente um alvo destas interrogações do povo: “não será ele o messias?!”. João responde que não. Mas não se limita a responder que não; ele próprio se faz alimentador dessa expectativa: “não sou eu, mas ele vai vir!”. Isto não significa, a título nenhum, que João já conhecesse que o Messias era Jesus. Pelo contrário, ele próprio tinha o mesmo tipo de pensamento quando alguém se afigurava acima da média, como sabemos pela pergunta que, já na prisão, mandou fazer a Jesus: és tu o Messias, ou devemos continuar a esperar?

Há uma terceira parte neste evangelho: a insistência final entre o trigo e a palha, o celeiro e o fogo. Para Lucas é claro que a opção por ou contra Jesus é verdadeiramente uma opção de salvação ou de perdição. Ao fim e ao cabo, diz-nos ele, a dita alegria deste Domingo depende mais desta opção do que de qualquer passo de magia ou natal de calendário…


NATAL
de Miguel Torga


Outro Natal.
Outra comprida noite
De consoada,
Fria,
Vazia,
Bonita só de ser imaginada.
Que fique dela, ao menos,
Mais um poema breve,
Recitado
Pela neve
A cair, ao de leve,
No telhado.


NATAL
de Olavo Bilac

Jesus nasceu. Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria...

Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na cruz.

Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.

Nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes
Foi para os pobres seu primeiro olhar.

No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presépio os guia,
Vem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.

Sobem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
Quem ama os fracos, quem perdoa o mal,

Natal! Natal! Em toda a natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia...
Salve Deus da humildade e da pobreza
Nascido numa pobre estrebaria.



Formação Social e Religiosa


As paróquias de Antanhol, Cernache, Santa Clara e S. Martinho do Bispo vão promover 4 cursos de formação.


1º - Personalidade 
Dr. Luís Marques, médico psiquiatra 
1º trimestre de 2010

2º - Revelação e fé 
Cónego Emanuel Matos Silva, professor no Seminário de Coimbra 
2º trimestre de 2010

3º - A Cultura 
Dr. José Dias da Silva, professor universitário 
3º trimestre de 2010

4º - O Grupo Social 
Dr.ª Maria João Pereira Carvalho, psicóloga 
1º trimestre de 2011

A Formação funcionará às 2as feiras, das 21,15 h às 23 h, no Centro Pastoral de Santa Clara.

O 1º Curso “Personalidade, Sentimentos e Relações Humanas
dividido nos seguintes sub-temas:
- motivação, estrutura da personalidade, a dimensão corporal, a afectividade, os processos cognitivos, a conduta humana, a interacção humana e a aprendizagem

- Começará no dia 11.01.2010
- Terminará no dia 29.03.2010

- Quem desejar participar na “Formação Social e Religiosa” deverá inscrever-se no curso que lhe interessar.
- As inscrições para o 1º Curso deverão ser entregues até 06.01.
- A inscrição por curso dá direito ao compêndio e ao certificado de participação que será entregue a quem desejar.
- O valor de inscrição, por curso, é de 25 Euros e deverá ser entregue na 1ª sessão. 

N.B. – Para informações e entrega de inscrições poderão contactar com: 
Padre António Sousa – 961322770 ou Maria do Rosário Oliveira - 966572570


Missas da Semana

Dia 15 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 16 – 4ª Feira
21h00 – Capela das Lages.

Dia 17 – 5ª Feira 
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 18 – 6ª Feira 
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 19 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.


Missas de Domingo

Dia 20 de Dezembro
09h00 – Capela da Cruz dos Morouços 
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel


Avisos:
No próximo domingo, 3º domingo do mês, o ofertório das missas será para a Acção Caritativa da paróquia.
A catequese paroquial interrompe no dia 12 de Dezembro e recomeça no dia 09 de Janeiro.
Lembro a Festa de Natal da Catequese no próximo dia 13 de Dezembro, às 15 h.