Bordão 9 Janeiro

Festa do Baptismo de Jesus
Is 42, 1-4.6-7; Sl 28; Act 10, 34-38; Mt 3, 13-17

Diz o Senhor: «Eis o meu servo, a quem Eu protejo, o meu eleito, enlevo da minha alma. Sobre ele fiz repousar o meu espírito, para que leve a justiça às nações. Não gritará, nem levantará a voz, nem se fará ouvir nas praças; não quebrará a cana fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega: proclamará fielmente a justiça. Não desfalecerá nem desistirá, enquanto não estabelecer a justiça na terra, a doutrina que as ilhas longínquas esperam. Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas». (Isaías)

Pedro tomou a palavra e disse: «Na verdade, eu reconheço que Deus não faz acepção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável” (Actos dos Apóstolos)

Jesus chegou da Galileia e veio ter com João Baptista ao Jordão, para ser baptizado por ele. Mas João opunha-se, dizendo: «Eu é que preciso de ser baptizado por Ti e Tu vens ter comigo?» Jesus respondeu-lhe: «Deixa por agora; convém que assim cumpramos toda a justiça». João deixou então que Ele Se aproximasse. Logo que Jesus foi baptizado, saiu da água. Então, abriram-se os céus e Jesus viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre Ele. E uma voz vinda do céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência». (Mateus)

Não apagará a torcida que ainda fumega

A profecia que lemos na Primeira Leitura é um dos famosos cânticos do “Servo de Javé” do Segundo Isaías, cânticos que sempre foram interpretados pela Igreja como tendo-se cumprido em Jesus de Nazaré. É nesse sentido que a liturgia de hoje evoca esta profecia: como antecipatória da missão que Jesus de Nazaré receberá pelo Seu baptismo, no Jordão, quando sobre Ele desceu o “Espírito de Deus”.
Mas estes cânticos do “servo de Javé” têm também um valor em si mesmos, como doutrina para nós; basta que cada um de nós se assuma, tal como Maria, como um(a) “servo(a) do Senhor”. Então, se eu me assumo como um(a) servo(a) do Senhor, este cântico fala também de mim, e formula, ainda que de forma poética, um conjunto de atitudes e comportamentos próprios de quem se sente “servo” de Deus. Do mesmo modo, também a Igreja universal e local é serva do Senhor; e, naturalmente, também a nossa comunidade paroquial, grupo eclesial, movimento, ordem religiosa, estrutura pastoral...
Relendo (tal como fez a Igreja primitiva) o baptismo de Jesus e o nosso próprio baptismo, à luz deste cântico de Isaías, poderíamos dizer que o Baptismo nos dá uma identidade e uma missão: a identidade é ser servo do Senhor; a missão é levar a justiça às nações. Justiça, biblicamente, refere-se ao cumprimento da vontade de Deus, ou mais simplesmente à santidade. Portanto, a missão é santificar o mundo, levar o mundo a fazer a vontade de Deus (o que inclui também, está claro, a justiça tal como hoje a entendemos).
Mas atenção: a identidade (ser servo) implica que a missão (santificar as nações) seja realizada de determinada maneira, e não de outra maneira qualquer. A partir desta profecia podemos perceber cinco características fundamentais para um “servo” de Deus santificar o mundo: 1ª característica, deixar-se encher do Espírito de Deus; 2ª característica, estar possuído da humildade; 3ª característica, não ser um destruidor porque a realidade não é a desejada, mas um construtor do desejado a partir da realidade; 4ª característica, pôr a justiça em primeiro lugar; 5ª característica, a persistência neste projecto de santificação do mundo.
No fundo, é este o sentido da teofania (manifestação de Deus) no Baptismo de Jesus, sendo que Mateus aproveita este episódio para, mais uma vez, afirmar solenemente a divindade de Jesus de Nazaré.
A Segunda Leitura marca, no Livro dos Actos dos Apóstolos, a passagem “oficial” (porque de Pedro) da Igreja nascente do ciclo “dos judeus” para a esfera “universal” (“em qualquer nação”). É um salto gigantesco, que Pedro fundamenta na própria missão que Jesus recebeu pelo Seu Baptismo. Hoje acreditamos que a missão de Jesus é desde toda a eternidade e não só desde o seu Baptismo, mas na altura em que Pedro profere este discurso, reconhecer a missão divina de Jesus já a partir do momento do Seu baptismo representou um notabilíssimo avanço na compreensão do mistério de Deus.



Oferta paroquial


No início de mais um ano começo por agradecer a generosidade de todos aqueles que, em 2010, quiseram dar a sua oferta para a paróquia de Santa Clara, cujo resultado, por zonas, é o seguinte:


ZONAS VALORES EM €
Santa Isabel 3333,60
Lages 1810,00
Cruz dos Morouços 1235,40
S. Francisco 1738,00
Bordalo 2345,00
Vale Gemil 1065,00
Barreiros 1702,00

Em 2011, voltamos a apelar a todos os cristãos de boa vontade, para que ajudem os serviços da nossa comunidade paroquial que vão desde a conservação e restauro das capelas, aos cursos e formação de jovens, adultos e catequistas, ao apoio aos sacerdotes que aqui trabalham, até aos gastos com o culto, a secretaria, as comunicações e o auxílio aos necessitados.
A oferta de todos é imprescindível para que possamos continuar e, se possível, desenvolver ainda mais a nossa acção pastoral, junto dos grupos e das pessoas.
De todos os donativos passaremos recibo que servem para dedução no IRS.
Aos membros do Conselho Económico e Social e seus colaboradores, que novamente tomam sob a sua responsabilidade a recolha destas ofertas, testemunhamos a nossa gratidão pela sua disponibilidade e pelo seu esforço.
A todos os que, generosamente, já contribuíram e venham a contribuir com a sua oferta, Deus os compensará na larga medida do Evangelho que é cem por um.
Como pároco, agradeço, reconhecidamente, a colaboração de todos os paroquianos e faço votos por que o ano de 2011 traga a todas as famílias da nossa paróquia as maiores bênçãos de Deus.
Unidos na Paz e no Amor

O Pároco
Padre António Sousa




Missas da Semana

Dia 11 – 3ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 12 – 4ª Feira
21h00 – Capela do Cruz de Morouços.

Dia 13 – 5ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 14 – 6ª Feira
18h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel, seguida de atendimento.

Dia 15 – Sábado
16h30 – Missa vespertina, na Igreja da Rainha Santa Isabel.

Missas de Domingo

Dia 16 de Janeiro
09h00 – Capela da Cruz de Morouços
09h30 – Capela das Lages
10h00 – Capela do Bordalo
11h00 – Igreja da Rainha Santa Isabel



O Pároco
Padre António Sousa

Aviso:
O ofertório da Missa do próximo domingo – 3º domingo do mês – é para a Acção Caritativa da paróquia.